O
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, acusou hoje a Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo) de tentar "sequestrar o sonho de um povo", considerando que
os ataques atribuídos ao maior partido de oposição estão a "constranger o
desenvolvimento económico" do país.
"Observa-se uma
tentativa de sequestro do sonho de um povo que se quer livre", disse Filipe
Nyusi, falando durante a abertura da 4.ª sessão extraordinária da Associação dos
Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) de Moçambique, que decorre
desde hoje na cidade da Matola, arredores da capital moçambicana.
Acusando o partido
liderado por Afonso Dhlakama de estar a prestar "culto à anarquia", o chefe de
Estado afirmou que os ataques atribuídos ao maior partido de oposição em
Moçambique nas principais estradas do centro do país estão a prejudicar o
desenvolvimento e revelam um desinteresse pelo bem colectivo.
Falando na qualidade
de presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder,
e por inerência da ACLLN, Filipe Nyusi assinalou ainda que o Governo moçambicano
continuará a privilegiar o diálogo para a resolução da crise política,
considerando-o o único caminho para a paz.
"A nossa maior força
virá da conjugação da nossa inteligência, criatividade e habilidade para buscar
soluções para paz", observou o Presidente moçambicano.
Moçambique tem
conhecido nos últimos meses uma escalada de crise militar, no centro do país,
devido a confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e homens armados da
Renamo, assassínios políticos e ataques atribuídos ao braço armado do maior
partido de oposição em vários troços da principal estrada do país.
A Renamo recusa-se a
aceitar os resultados das eleições gerais de 2014, ameaçando governar em seis
províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
Lusa
– 06.05.2016
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