O ministro das Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, anunciou uma suspensão na contratação de funcionários públicos, em resposta a receios de uma crise financeira, na sequência do congelamento da ajuda dos doadores internacionais ao Orçamento do Estado (OE).
itado hoje pelo jornal O País, Maleiane afirmou que a medida faz parte de um plano de austeridade e inclui ainda cortes nos gastos com combustíveis, viagens dos quadros do Estado ao estrangeiro e noutras áreas sem impacto relevante na vida dos cidadãos e das instituições públicas.
O ministro das Finanças moçambicano adiantou ainda que o Governo vai proceder a cortes nas verbas que canaliza às empresas públicas, como parte do esforço de contenção orçamental.
Os sectores da saúde e educação, considerados essenciais, não serão sujeitos à redução nas despesas, acrescentou Adriano Maleiane.
O grupo dos 14 doadores do Orçamento do Estado de Moçambique, o Banco Mundial e o Reino Unido decidiram suspender a ajuda internacional ao país.
O executivo moçambicano confirmou na quinta-feira da semana passada dívidas garantidas pelo Estado, entre 2013 e 2014, de 622 milhões de dólares (543 milhões de euros) a favor da Proindicuse de 535 milhões de dólares (467 milhões de euros) para a Mozambique Asset Management (MAM) para protecção da costa e das reservas de gás no norte de Moçambique.
A par destes encargos, o Governo reconheceu ainda a existência de uma dívida bilateral, contraída entre 2009 e 2014, de 221,1 milhões de dólares (193 milhões de euros), "no quadro do reforço da capacidade para assegurar a ordem e segurança públicas".
No total, são cerca de 1,4 mil milhões de dólares que não constavam nas contas públicas e que levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a suspender uma missão que tinha previsto a Maputo e também o desembolso da segunda ‘tranche' de um empréstimo Moçambique.
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