"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 2 de abril de 2016

MATILHAS DO PARTIDO NO PODER ESTÃO A LADRAR À QUATRO VENTOS NAS REDES SOCIAIS VAIANDO DLHAKAMA COMO SE FOSSE UM POLÍTICO INFELIZ E FRACO PORQUE NÃO TOMOU O PODER NAS SEIS PROVÍNCIAS ATÉ DIA 31 DE MARÇO DE ACORDO COM À SUA PROMESSA

 


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Analista Xavier António, responde e nós à Construtiva Moçambicana, transcrevemos na íntegra :
"GOVERNAÇÃO DA RENAMO NAS 6 PROVÍNCIAS À FORÇA
1 - Tenho lido posts que criticam a Renamo e seu presidente por não ter cumprido a sua promessa “ameaça” de governar à força as 6 províncias onde reivindica a vitória, no mês de Março findo.
2 - Esses críticos talvez estivessem muito ansiosos ou desejados em ver a Renamo a governar nessas províncias, mas ignoram as consequências de governar à força.
3 - Governar à força equivale a guerra, porque implica combater e desactivar as unidades das Forças de Defesa e Segurança, desalojar os actuais governadores, administradores, chefes de postos…para depois colocar os seus, seja qual for a interpretação que se pretenda fazer a verdade é que não será permitido pelo governo a coexistência da estrutura da Renamo com actual à força.
4 - Vejam que o próprio líder da Renamo disse, repetidamente, que vamos governar pacificamente e caso nos atacarem vamos nos defender.
5 - Isto significa que ele está consciente que não será pacífico, que o governo vai usar as Forças Defesa e Segurança para impedir e isso vai gerar confrontações armadas nas cidades.
6 - É isso que pretendemos?
Um homem sensato quando vê alguém furioso, com pedra na mão em posição de atirar noutro, faz tudo por tudo para evitar que atire; mas o insensato põe-se a rir dele dizendo que está a demorar atirar porque não é capaz, aumentando-lhe a fúria e acaba, assim, atirando para demonstrar que não é incapaz.
7 - Rir-se da Renamo pelo incumprimento dessa promessa, significa incitar a Renamo à guerra, pois, não é possível governar pacificamente.
8 - Os autores desses posts se contradizem quando, por um lado condenam as pequenas acções de guerra hoje em curso nas estradas e localizadas, por outro lado, ironicamente, incitam que as mesmas sejam levadas a cabo nas cidades onde os danos serão maiores.
9 -Não sei se estão conscientes. Governar à força é guerra.
10 - Para mim, devíamos contentar por não cumprimento dessa promessa ou ameaça, seja por qual for a causa, incapacidade, falsidade... Porque a se cumprir será desastre, travar-se combates em maquinino, em chaimate, na cidade de chimoio, Quelimane, Tete ou de Nampula… para desactivar as Forças de Defesa e Segurança e governar, isto é guerra mais destrutiva e não é fácil.
11 - Reparem que não estou contra a governação da Renamo, nem as suas exigências, mas contra à força.
12 - Também não estou contra o desarmamento da Renamo.
13 - Estou sim contra desarmamento à força.
14 - Oponho-me o elemento “força”! Seja para que fim, porque encera a morte, a destruição…
15 - A minha grande preocupação é que aos que advogam a paz partem do pressuposto força, o que leva-me a crer que trata-se de paz baseada na subjugação do outro, na humilhação do outro; a paz de ganhadores e perdedores à força.
16 - Ora, a paz assente na força, na subjugação do outro é paz precária, não é efectiva. Lembremo-nos que a segunda guerra mundial resulta desse tipo de paz.
17 - Os ganhadores humilharam os perdedores da primeira guerra mundial, mas durou pouco tempo para surgir a segunda porque os perdedores se revoltarem.
18 - Um dos aspectos mais importante na gestão de crises, estrategicamente, é nunca “encostar o adversário à parede” e deixar-lhe sempre uma ou várias saídas possíveis que lhe permitam “salvar a face” tanto interna como internacionalmente.
19 - Na fase final da resolução isso corresponde a não humilhar o adversário, não caindo na tentação de acentuar uma eventual vitória.
A paz efectiva baseia-se no entendimento."
NOSSO COMENTÁRIO:
1 - Essa guerra prova-se ser uma autêntica "OPERAÇÃO QUEIMA ARQUIVOS " enganando à opinião pública, pois usar força para desarmar homens residuais da Renamo, não tem lógica perante a mesma Frelimo que em 1992, conseguiu negociar um AGP, que culminou com o desarmamento de mais de 25 mil guerrilheiros sob o comando do mesmo Afonso DLHAKAMA, que controlavam acerca de 80% do território nacional!
2 - Os mentores do AGP foram Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama! Essas figuras continuam vivos, e Chissano, ainda goza de maior prestígio e respeito no seu partido e na CR!
3 - Chissano não foi golpeado, entregou o poder pacificamente e todas suas obras, ficaram registadas como património político do Estado!
4 - O Bloco da Oposição Construtiva, exige explicação à Dupla Guebuza/Nyusi, sobre os fenómenos que levaram os dois à optar pela eliminação física de Afonso Dhlakama e consequentemente declarar mais uma guerra generalizada contra à Renamo, sabido que Guebuza e Chipande, foram estrategas que não conseguiram derrotar Dlhakama durante a guerra de 16 anos!
O que é que essa dupla hoje no poder, terão preparado melhor em relação à guerra anterior, cuja estratégia de Joaquim Chissano, ao optar pelas negociações políticas com a Renamo, evitou uma derrota militar da Frelimo, comandada pelos Generais Chipande e Guebuza?
In https://www.facebook.com/yaqub.sibindy

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