Incertezas e mais incertezas
Depois de ter ficado claro que as duas principais bancadas parlamentares na Assembleia da República (AR) tinham entrado em desacordo de última hora em relação à finalização da revisão pontual da Constituição da República, particularmente em torno das leis eleitorais, as autárquicas de 10 de Outubro entraram para um momento de incertezas no que à sua efectivação, diz respeito, até porque o calendário eleitoral não abre espaço para muitos ajustamentos.
O facto é que na Assembleia da República está tudo parado e ninguém sabe quando é que a extraordinária para viabilizar os entendimentos iniciais vai ter lugar. A Frelimo diz que enquanto a Renamo não demonstrar sinais objectivos de avançar com o pacote das questões militares, não poderá embarcar na aprovação das novas leis eleitorais. Diz a Frelimo que os actuais condicionalismos visam criar condições para que todos participem na votação de 10 de Outubro e subsequentes processos em pé de igualdade.
Ou seja, sem que uma entidade participante ou não no pleito eleitoral seja detentora de uma força com armas de fogo.
A Renamo, por seu turno, diz que a posição da Frelimo não é nada mais senão uma autêntica chantagem, pois, sempre ficou claro que a descentralização e as questões militares são pacotes independentes. E mais, a Renamo diz que obrigar a AR a tratar assuntos militares é usurpar competências do diálogo ao mais alto nível, como ficou acordado desde o princípio.
Ou seja, que os assuntos são tratados em negociação entre as lideranças partidárias, nomeadamente o Chefe de Estado e a liderança da Renamo.
Aliás, questionada em relação às condições colocadas, à rejeição da Renamo e ao aperto do calendário eleitoral, a chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Talapa, não conseguiu responder a questão colocada, tendo decidido partir para o ataque a jornalistas, acusando-os indirectamente de fazerem perguntas que demonstram falta de patriotismo. “Penso que os senhores jornalistas não podem fazer este tipo de perguntas porque, como moçambicanos, a vossa preocupação deve ser a paz”, atirou Talapa, para afirmar que as eleições estão a ser preparadas, por isso, entende que as condições são mais importantes. (Raf. Ricardo)
MEDIAFAX – 26.06.2018
Depois de ter ficado claro que as duas principais bancadas parlamentares na Assembleia da República (AR) tinham entrado em desacordo de última hora em relação à finalização da revisão pontual da Constituição da República, particularmente em torno das leis eleitorais, as autárquicas de 10 de Outubro entraram para um momento de incertezas no que à sua efectivação, diz respeito, até porque o calendário eleitoral não abre espaço para muitos ajustamentos.
O facto é que na Assembleia da República está tudo parado e ninguém sabe quando é que a extraordinária para viabilizar os entendimentos iniciais vai ter lugar. A Frelimo diz que enquanto a Renamo não demonstrar sinais objectivos de avançar com o pacote das questões militares, não poderá embarcar na aprovação das novas leis eleitorais. Diz a Frelimo que os actuais condicionalismos visam criar condições para que todos participem na votação de 10 de Outubro e subsequentes processos em pé de igualdade.
Ou seja, sem que uma entidade participante ou não no pleito eleitoral seja detentora de uma força com armas de fogo.
A Renamo, por seu turno, diz que a posição da Frelimo não é nada mais senão uma autêntica chantagem, pois, sempre ficou claro que a descentralização e as questões militares são pacotes independentes. E mais, a Renamo diz que obrigar a AR a tratar assuntos militares é usurpar competências do diálogo ao mais alto nível, como ficou acordado desde o princípio.
Ou seja, que os assuntos são tratados em negociação entre as lideranças partidárias, nomeadamente o Chefe de Estado e a liderança da Renamo.
Aliás, questionada em relação às condições colocadas, à rejeição da Renamo e ao aperto do calendário eleitoral, a chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Talapa, não conseguiu responder a questão colocada, tendo decidido partir para o ataque a jornalistas, acusando-os indirectamente de fazerem perguntas que demonstram falta de patriotismo. “Penso que os senhores jornalistas não podem fazer este tipo de perguntas porque, como moçambicanos, a vossa preocupação deve ser a paz”, atirou Talapa, para afirmar que as eleições estão a ser preparadas, por isso, entende que as condições são mais importantes. (Raf. Ricardo)
MEDIAFAX – 26.06.2018
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