Ainda sobre o suposto Al-Shabab!
Notícias há de que as incursões desses malfeitores chegaram a Namaluco, distrito de Quissanga. Estão nas proximidades do Parque Nacional das Quirimbas. Dizem que degolaram mais pessoas e queimaram palhotas das pobres populações locais. Afinal a sua luta é contra as populações indefesas ou estariam a reivindicar qualquer coisa?
Isto é uma vergonha para toda uma nação. Não se pode deixar que criminosos vulgares banalizem um país. Se tivemos força e armamento sofisticado para cercar o esconderijo de Afonso Dhlakama, por que é que o mesmo não é usado para exterminar esses criminosos?
A quem interessa essa desestabilização? E não me deixam satisfeito as notícias de que a mesma população e a polícia é que estão à caça dos bandidos. O que é feito das Forças de Defesa e Segurança?
Há alguns meses atrás, o vice-ministro da Defesa disse que não se justificava ainda o envio das Forças de Defesa e Segurança para o terreno (Cabo Delgado). A pergunta é: ainda não se justifica ou estamos à espera que toda a província se transforme em cinzas?
Um país que se deixa vulgarizar por simples bandidos não pode ser considerado sério. E as notícias sobre o que está a acontecer em Cabo Delgado correm o mundo todo. Com deturpações. Há quem ache que estamos mesmo em guerra.
Como disse no post da Quinta-feira isto ainda é o prenúncio do que virá. Cabo Delgado tem muita riqueza mas não beneficia as populações locais. Perguntem a qualquer um que conhece Cabo Delgado dir-vos-á que grandes porções de terras onde há riquezas pertencem aos camaradas. Esses que estão sentados em Maputo sempre servidos na mesa farta e que dizem que dispararam o primeiro tiro para expulsarem o colonialismo português. Quem é o colono? Quem escraviza o outro? Quem mandou a FIR aplicar aquelas sevícias aos pobres garimpeiros? Os responsáveis por aquelas atrocidades foram punidos? E porquê nos alarmamos quando um grupelho pega em catanas para degolar seus irmãos e não nos indignamos com quem escraviza 28 milhões de moçambicanos?
Nini Satar
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