quinta-feira, 21 de junho de 2018
A Pátria Amada foi colhida de surpresa, ontem, com a notícia do adiamento - por razões técnicas e não processuais - da sessão extraordinária da Assembleia da República, que devia ocorrer hoje e amanhã.
Mesmo sem que se diga publicamente, não é de se ignorar a narrativa que tem circulado nas redes sociais, segundo a qual, o adiamento se deve ao facto de ter falhado um encontro entre o Presidente da República e o Coordenador da Comissão Política da Renamo, ora em parte incerta. Especula-se que no referido encontro Ossufo Momade daria garantias públicas de que a Renamo se iria desmilitarizar antes das eleições de 10 de Outubro de 2018, portanto, as municipais.
Sendo ou não verdade o que por aí circula, há algumas notas a reter:
1. As armas e os militares continuam a ser o trunfo da Renamo, pronto para ser activado, em caso de necessidade;
2. Poucos saberão qual é o efectivo militar da Renamo, tão pouco a sua capacidade bélica;
3. Não resulta claro, hoje, quem é quem na liderança da Renamo e muito menos quem carrega e quem toca o piano, o que torna difícil prosseguir o modelo de diálogo/negociação one man show;
4. Tenho motivos de sobra - por razões de ordem histórica - para crer que muito dificilmente a Renamo se vai desarmar antes do desfecho das eleições de 2019.
Em todo o caso, quero estar redondamente errado!
Apreciando o cenário nas calmas
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