terça-feira, 7 de março de 2017
Cerca de 50 anos depois de ter iniciado a sua carreira de advocacia, Máximo Dias anuncia o fim da sua jornada e encerramento do seu consultório.
São cinco décadas de actividades em que viu nascer, crescer e desenvolver o sistema judicial nacional, mas na hora de pendurar a toga, lamenta que, apesar do crescimento, o sistema esteja infestado por alguns casos de corrupção.
“Há magistrados sérios que merecem o nosso grande respeito e consideração, mas há também magistrados venais que se deixam vender e fazem sentença de acordo com o dinheiro que recebem”, disse, classificando a situação de “vergonhosa”.
Em termos quantitativos, Máximo Dias diz que não são a maioria, contudo são uma nódoa negra para o sistema e a justiça dos Tribunais.
Segundo a fonte, os advogados e escrivães são os principais autores das acções desviantes dos magistrados.
“Quando falamos de corrupção nos tribunais, não é o juiz que vai bater a porta. É o advogado que bate a porta do juiz a oferecer isto ou aquilo, é o escrivão que nos procura para fazermos corrupção e isso é grave, muito grave”, avaliou.
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