"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



domingo, 19 de março de 2017

UMA RESPOSTA AO MEU AMIGO Calton Cadeado

domingo, 19 de março de 2017


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Calton Cadeado
Coordias Saudações, meu caro Calton Cadeado!
Espero que a dinámica académica esteja a ser bastante frutífera pelas terras de Gandi e que num futuro muito próximo volte contribuir na consolidação do nosso ensino e na produção de conhecimento. Coforme lhe havia dito ontem que suspendera o meu juizo pela hora nocturna e que voltaria hoje para partilhar as minhas, talves decepcionantes, percepçõeses sobre a Oração de Sapiência do Professor João Mosca, aqui estou para cumprir a minha promessa.
Para si, meu caro Calton, "Este texto estaria muito bem enquadrado num muro de lamentaçõe e numa reunião política". Advoga também, dentre várias ideias, que o texto apresenta erros semânticos, que não tem evidêrncias, faz ataques pessoas, para justifiicar o seu posicionamento. Nao quero discordar com tudo o que defende e nem me vou alongar a falar das questões semânticas, visto que o meu conhecimento para este campo, é bastante insipiente. Porém, quanto ao conteúdo, tenho uma posição diferente da sua. Por exemplo, o Professor Mosca critica o facto de existir celulas partidárias nas instituições de ensino superior. Julgo que esta posição pode ser testada e comprovada no campo real, nao sendo portanto, uma expeculação. Não precisa ser um aestraordinário académico, até o mais mediocre, pode constatar este facto. Alias, a RENAMO diz que uma das suas lutas é inverter este cenário. O MDM, na mesma senda, submeteu, em 2015, um projecto lei que visava proibir estas práticas que chocam com o plasmado no nosso quadro legal.
Outro ponto que o Professor Mosca defende, e julgo que merece ser sublinhado nestes meus rabiscos, é a ideia de que as instituições de ensino e os seus fazedores precisam de ser libertados das amarras políticas. Eu concordo com esta posição. O facto de o poder executivo nomear os reitores das instituições públicas de ensino, coloca os nomeados numa relação de dependêincia, onde os reitores devem cumprir escrupulosamente com as directrízes partidárias, impedindo estes de agir de uma forma autónoma. No Brasil, por exemplo, é o Conselho da Universidade que elege os reitores, e não são nomeados pelo executivo. Este modelo dá mais liberdade de pensar e desenvolver conhecimento, de uma forma autónoma e relativamente objectiva.
Portanto, dizer que o texto do Professor João Mosca, não tem nenhum conteúdo digno de ser considerado uma aula de sapiência, é uma percepção sua, que dentro da liberdade de pensar e de perceber as realidades, deve-se respeitar. Porém, é importante respeitar a percepção dos que vee grande mérito e coragem ao defender que as instituições de ensino devem ser libertas das amarras políticas e partidárias. Só deste modo, poderão se concetrar na produção de conhecimento que poderá estar ao serviço do desenvolvimento do intelecto dos moçambicanos e do mundo, em geral.
Podemos ter pontos de vistas divergentes, em diferentes matérias, contudo, entendo ser urgente nos unir na visão de construção de um Estado de Direito e Democratico, baseado em pluralidade de ideias conforme advoga a nossa a Constituicao da Republica nos seus artigos no. 3 e 35.
Com muita consideração de Hilário Chacate

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