Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Todo o cuidado é pouco. Ataque e contra-ataques directos, indirectos e subliminares intensificam-se a olhos vistos.
E ainda as campanhas eleitorais se iniciaram, mas já há sinais concretos de que serão renhidas.
Criar crises e fracturas no seio dos opositores políticos é uma especialidade que tem sido explorada. Não vai ser agora que os especialistas vão abandonar uma das suas armas prediletas.
Cobrir as nossas desavenças e extrapolar as dos outros é o método frequentemente utilizado.
Mas o que favorece o êxito dessa táctica é a precariedade dos políticos em presença.
Na nossa fragilizada democracia, repleta de aprendizes em matéria politica assim como analfabetos no assunto, tem sido fácil semear discórdias.
A incidência é tanta, que reina a improvisação e o trabalho político ou '"marketing” reactivo.
Independentemente das causas reais por detrás da aparente crise associada a Amurane em Nampula, uma verdade deve ser dita: houve uma manifesta quebra de disciplina. Se tivesse havido maturidade e fluxo de informação entre as partes divergentes, outra maneira de abordar os assuntos teria sido encontrada ou accionada.
Quem ganha com tudo o que acontece e é mediatizado?
Na encruzilhada que vive e sem que haja evidências de bom senso entre os beligerantes e sem que se manifeste de maneira inequívoca a maturidade da oposição e nem da posição, desenham-se muitos cenários. Alguns são dantescos e podem rapidamente remeter-nos a um passado de carnificina etno-polfticar,fundamentada no apego a um poder político-governamental ilegítimo.
Um governo de amigos e aliados que precisa de ar fresco financeiro pede ser tentado a protelar as soluções pacíficas logo que cheguem as mais-valias do gás do Norte.
E a chegada da "ExxonMobíl pode propiciar que isso aconteça.
É preciso não esquecer que em Angola os americanos preferiram o petróleo em vez de uma solução democratizante.
Os impasses em Moçambique são corolário da vista grossa das chancelarias internacionais face ás sucessivas irregularidades eleitorais e fraudes.
Também no passado Portugal fez vista grossa ao assassinato politico enquanto potência colonizadora.
Os promotores da democracia têm-se comportado de maneira extremamente hipócrita para com países como Moçambique,
Cabe aos moçambicanos precaverem-se e defenderem a sua paz e negociarem com sabedoria e patriotismo os seus recursos naturais,
A chamada "maldição dos recursos” está por demais documentada,
Quer-se um Estado de Direito democrático acima de todas as suspeitas e malabarismos,
Quer-se realismo e uma politica pragmática que promova inclusão e dignidade humana abrangente, Moçambique não pode continuar a ser somente para um punhado de pessoas que se distribuem os recursos e as possibilidades nacionais entre elas. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 17.03.2017
Quem ganha com tudo o que acontece e é mediatizado?
Na encruzilhada que vive e sem que haja evidências de bom senso entre os beligerantes e sem que se manifeste de maneira inequívoca a maturidade da oposição e nem da posição, desenham-se muitos cenários. Alguns são dantescos e podem rapidamente remeter-nos a um passado de carnificina etno-polfticar,fundamentada no apego a um poder político-governamental ilegítimo.
Um governo de amigos e aliados que precisa de ar fresco financeiro pede ser tentado a protelar as soluções pacíficas logo que cheguem as mais-valias do gás do Norte.
E a chegada da "ExxonMobíl pode propiciar que isso aconteça.
É preciso não esquecer que em Angola os americanos preferiram o petróleo em vez de uma solução democratizante.
Os impasses em Moçambique são corolário da vista grossa das chancelarias internacionais face ás sucessivas irregularidades eleitorais e fraudes.
Também no passado Portugal fez vista grossa ao assassinato politico enquanto potência colonizadora.
Os promotores da democracia têm-se comportado de maneira extremamente hipócrita para com países como Moçambique,
Cabe aos moçambicanos precaverem-se e defenderem a sua paz e negociarem com sabedoria e patriotismo os seus recursos naturais,
A chamada "maldição dos recursos” está por demais documentada,
Quer-se um Estado de Direito democrático acima de todas as suspeitas e malabarismos,
Quer-se realismo e uma politica pragmática que promova inclusão e dignidade humana abrangente, Moçambique não pode continuar a ser somente para um punhado de pessoas que se distribuem os recursos e as possibilidades nacionais entre elas. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 17.03.2017
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