Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Prepara--se um golpe contra a democracia em fogo brando, e muitos daquele; que deveriam ver e contrariar uma estratégia de manutenção do poder por todos os meios estão como que distraídos: ou preocupados com as suas agendas privadas. Dizem-se políticos, mas são mais "estomacalistas" que outra coisa.
O perigo espreita de forma recorrente e, enquanto os que detém o poder se multiplicam em iniciativas tendentes a assegurar as suas poderosas vantagens, quem se deveria opor não esta nem aí para o assunto.
Estamos a braços com uma profunda crise política e financeira decorrente de sistemáticas fraudes eleitorais encobertas ou com cumplicidade activa de chancelarias internacionais. Caminhava-se para uma nova guerra civil porque poderosos interesses privados nacionais supunham que eles estavam em risco.
Uma maquina lubrificada de delinquir e saquear fundos públicos foi montada gozando de impunidade quase total. Com pleno conhecimento da maioria parlamentar, dos serviços de inteligência nacionais e internacionais, do BM/ FMI, foi permitido que dívidas ilegais fossem contratadas. Agora que o caldo se entornou e já não há como segurar ou esconder dos moçambicanos a dimensão do escândalo, aparecem no horizonte tentativas de proteger os que dilapidaram os cofres públicos e terão beneficiado de parte dos valores que foram buscar aos bancos internacionais com garantia do Estado. Quem não consegue diferenciar coisa pública de privada e insiste que faria o mesmo outra vez deve julgar-se acima de qualquer crítica ou escrutínio. Ou talvez a máquina judicial montada está amarrada e impotente para acusar, julgar e responsabilizar infractores de vulto.
Quando um grupo restrito se apropria de um país e domina despoticamente tudo e até se julga dono da vida das pessoas, não como esperar algo razoável ou estabilidade política e económica.
Sofre-se em larga medida porque os "donos* de Moçambique não aceitam outra coisa que não seja o actual 'status'.
Vive-se um formalismo nojento em que quem governa finge que está tudo muito bem e recomenda-se, quando, na verdade, se sabe que estão mentindo "com todos os dentes ".
Aceitar e nada fazer para que quem endividou o país de maneira ilegal seja desresponsabilizado das "realizações".
Quando gente rica se atreve a falar sem vergonha de que somos um país pobre, é a continuação do verbo “mentir”. Moçambique foi e está sendo empobrecido por governantes incompetentes, a maioria dos quais já deveria ter sofrido um *impeachmentw.
Se, no Brasil, o Ministério Público Federal está pedindo devolução de milhões de dólares ao ex-deputado federal Cunha, por crimes de colarinho branco, mas, entre nós aparecem "conceituados" intelectuais internacionais e nacionais sugerindo que se esqueçam os dinheiros dilapidados em Moçambique, significa que vivemos no estado atípico, doente e em colapso.
Querer normalizar a governação vai exigir coragem e vigor institucional acima do que se está fazendo.
Quando quem rouba fica impune, é como que cultivar e adubar a criminalidade.
Moralizar a governação, trazer reconciliação, paz e desenvolvimento vai requerer muito mais do que baboseiras de gente que vê os seus "tachos** e benesses sumindo, porque a era da "confiança política" está ferida de morte pela dinâmica sociopolítica (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 16.03.2017
Quando um grupo restrito se apropria de um país e domina despoticamente tudo e até se julga dono da vida das pessoas, não como esperar algo razoável ou estabilidade política e económica.
Sofre-se em larga medida porque os "donos* de Moçambique não aceitam outra coisa que não seja o actual 'status'.
Vive-se um formalismo nojento em que quem governa finge que está tudo muito bem e recomenda-se, quando, na verdade, se sabe que estão mentindo "com todos os dentes ".
Aceitar e nada fazer para que quem endividou o país de maneira ilegal seja desresponsabilizado das "realizações".
Quando gente rica se atreve a falar sem vergonha de que somos um país pobre, é a continuação do verbo “mentir”. Moçambique foi e está sendo empobrecido por governantes incompetentes, a maioria dos quais já deveria ter sofrido um *impeachmentw.
Se, no Brasil, o Ministério Público Federal está pedindo devolução de milhões de dólares ao ex-deputado federal Cunha, por crimes de colarinho branco, mas, entre nós aparecem "conceituados" intelectuais internacionais e nacionais sugerindo que se esqueçam os dinheiros dilapidados em Moçambique, significa que vivemos no estado atípico, doente e em colapso.
Querer normalizar a governação vai exigir coragem e vigor institucional acima do que se está fazendo.
Quando quem rouba fica impune, é como que cultivar e adubar a criminalidade.
Moralizar a governação, trazer reconciliação, paz e desenvolvimento vai requerer muito mais do que baboseiras de gente que vê os seus "tachos** e benesses sumindo, porque a era da "confiança política" está ferida de morte pela dinâmica sociopolítica (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 16.03.2017
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