terça-feira, 21 de março de 2017
A história de Moçambique não está bem contada. Aliás a frelimo falsificou a sua história oficial. Para começar, Samora Machel nunca esteve nas matas para enfrentar o colono, todas imagens de um Samora nas zonas de combates são encenações. Samora e seus apaninguados passavam a maior parte do tempo em Tunduru, Tanzania, a viver a grande e a francesa e a abusar das então miúdas do destacamento feminino, hoje grandes mulheres da frelimo. Quem arriscava as suas vidas em combate eram os bravos como o Chipande, Pachinuapa, Caliate, Ntemansaka, Ntumuke, entre outros.
Também não houve massacre de Mueda nenhum, a ala sulista da frelimo de então manipulou o Chipande, na altura um miúdo alfabeto, para mentir. O que houve foi um motim entre alguns populares e o administrador local por causa do preço de produtos agrícolas e os cipaios tiveram que abrir fogo para dispersar a multidão e 14-20 foram mortas e 600 como reza a falsa história da frelimo. Do mesmo modo não houve massacre de Homoine.
Em Homoine houve um erro táctico-operativo das forças da frelimo que bombardearam indiscriminadamente Homoine a partir de Phembe e de seguida foi destacado para lá um contigente das tropas especiais Libias que estava estacionado em Panda; então, quando os homoinenses ouviram o ruido dos carros militares que se aproximavam, saíram dos seus esconderijos mas os libios confundiram como se fossem "matsangas" e abriram fogo cerrado contra a multidão e o desastre foi grandes proporções. Mas como a frelimo está habituada a mentir, imputou este crime a renamo.
Este assunto já foi esclarecido internacionalmente só que a imprensa lambe bota nunca fala do assunto. Sobre o massacre de Manjacaze, este sim aconteceue foi mesmo um massacre premeditado mas perpetrado pela frelimo para sujar a imagem da renamo. Um ex - comando sul africano "desbobinou" toda história no seu livro de memórias. O engraçado é que depois do acto hediondo, a frelimo espalhou no local vários cartazes como fotografia de Dhlakama e timbre da renamo.
Não queremos dizer que a renamo não cometeu excessos durante a guerra dos meus 16 anos mas estes massacres não são da sua responsabilidade. Infelizmente, a frelimo usa este crime seu para manipular o povo de Gaza que até hoje odeia a renamo. Para dizer a verdade, Gaza é o mais escravizado povo de Moçambique. A maior parte das suas terras foram expropriadas das pela elite corrupta da frelimo e o pobre camponês está confinado em áreas remotas e pouco produtivas. As imagens de várias cabeças de gado bovino, extensos arrozais e grandes campos com hortícolas são, em grande parte, propriedades de graúdos da frelimo.
Mas hoje a frelimo quer dar a entender que sempre foi democrática e esquece se dos seus muitos crimes e mentiras. A frelimo esqueceu se que logo após a independência implantou o monopartidarismo, isto é, o regime de partido único, violando assim os Acordos de Lusaka assinado com os portugueses. O acordo dizia que tinham que se organizar eleições envolvendo vários partidos o que não veio a acontecer, pelo contrário, a frelimo matou os líderes dos outros partidos e outros fugiram para o estrangeiro.
Com o monopartidarismo, todos os mocambicanos tinham que pertencer a frelimo, quem tentasse contrariar era considerado "inimigo do povo", "reaccionário" ou "xiconhoca". Quem tivesse um carro, moageira ou uma manada de bois era chamado de "burguês" ou "capitalista" e a maioria era deportada para os campos de concentração do Niassa ou Cabo Delgado ou levados para um comício popular para ser chamboqueado e humilhado publicamente mas a maioria era fuzilada sem julgamento.
A frelimo também obrigou milhões de camponeses a viverem em aldeias comunais que eram na verdade campos de concentração e prisões para controlar o povo. Para circular/viajar haviam as chamadas guias de marcha. Para ir a machamba tinha que se pedir autorização ao partido frelimo. Haviam vários absurdos e crimes durante o regime comunista da frelimo incluindo o chefe de "dez casas" contar os ovos da galinha ou levar a força a mais bonita mulher ou filha de um cidadão. Quem fosse apanhado com um hóspede sem ter a "autorização" do chefe do partido seria deportado para os campos de "reeducação" de Cabo Delgado ou Niassa.
Aliás, durante a actuação dos famigerados esquadrões de morte, a frelimo reviveu pouco esta sua antiga política medonha e horrível. Em apenas 5 anos a frelimo fez muito pior que o colonialismo português em 500. Mas estas brincadeiras e abusos terminaram quando dois jovens que fundaram um movimento hoje conhecido por renamo. Um dos jovens era o de André, natural de Chirapa, Machaze, o outro, é o Afonso, natural de Mangunde, Chibabava.
Hoje, graças a heróica luta da renamo o povo está livre, quem quiser pode ir viver em qualquer província ou viajar livremente. Hoje até os próprios frelimistas tornaram se "burgueses e xiconhocas" e também capitalistas selvagens graças a renamo. Hoje um Refila Boy ou Azagaia podem cantar "besteiras" contra os dirigentes e regime da frelimo, o que era impossível e impensável antes de a renamo "ensinar" a frelimo. Naquele tempo até ter um "gramafone", relógio de pulso ou bicicleta era problema muito sério. Aqueles eram tempos tenebrosos, caros compatriotas.
É por isso que queremos chamar atenção aos jovens de hoje que não viveram tudo isso e se calhar nunca ouviram falar ou simplesmente são manipulados pela Radio Moçambique, TVM ou jornal noticias, transformados em órgãos de propaganda da frelimo. A frelimo não gosta de ouvir falar da guerra dos 16 anos. Geralmente diz que a renamo desestabilizou o país. Sim realmente a renamo desestabilizou e desmantelou o regime marxista-comunsta da frelimo. Aliás, hoje todos nós estamos a assistir a galopante destruição das nossas florestas, hospitais e escolas a caírem de podre e sem equipamentos básicos, estradas esburacadas, é a renamo que "destabiliza"?
A frelimo é que arruinou o país oferecendo de graça aos seus aliados militares os vastos recursos do nosso país para defender o seu poder, tal como fazem com os chineses hoje, que devastam impiedosamente os nossos recursos e escravizam a massa laboral Moçambicana. Tanto durante a guerra dos 16 anos, como durante o actual conflito ora em 'stand by', a frelimo teve o apoio maciço de vários países como a então super potência mundial a União Soviética, Cuba, Zimbabwe, Tanzânia, China, etc.
Eram usados aviões, helicópteros, tanques, artilharia pesada, bombas de 500 kg, etc, etc. No actual conflito a frelimo e seus aliados tentaram utilizar tecnologias militares de nova geração como binóculos de visão nocturna, coletes a prova de balas, mini drones, câmaras cctv, satélites body heat visualization, etc. Mas tudo isso foi anulado pelas formidáveis e invencíveis forças da renamo com o grande apoio do povo e de muitos patriotas anónimos. Milhares e milhares de militares da frelimo morreram.
Hoje o que a frelimo está a fazer neste país não tem sentido nenhum, a frelimo apenas está a defender o "tacho" de uma minoria e sobretudo evitar a prisão do Guebuza e seus apaniguados. O incrível de tudo isso é que existem alguns comandantes do exército que aceitam estas manipulações e defendem estes absurdos. Muitos oficiais do exército morreram e os mais espertos não entravam nas matas, comandavam as tropas via celular mas não teriam sobrevivido em conflito de alta intensidade.
A guerra actual existe devido a fraude eleitoral jamais vista e a frelimo, usando os biliões de dólares das dívidas escondidas, investiu pesadamente na área militar, certa de que depois da fraude iria eliminar Dhlakama e esmagar militarmente a renamo só que o plano deu errado mas também sabe se que, depois da falhada "Savimbização" de Dhlakama, seguir - se - a as tentativas de "John Garanguização" de Dhlakama. Para os estrategas da frelimo, matar Dhlakama é a solução mas não sabem que este será um erro catastrófico.
Enfim, esperamos que o diálogo ora em curso produza soluções e que seja acelerado. Nenhuma acção militar vai resolver os problemas do país e é melhor não transformarmos este conflito de pequena intensidade e guerra total de grande escala. E a renamo nem estava a fazer a guerra, apenas era um "cheirinho".
O país é grande e há espaço para todos. Moçambique não pertence a frelimo muito menos a renamo, pertence aos macuas, chuabos, ajauas, senas, ndaus, nyungues, vátuas, bitongas, changanas, macondes, kimuanyes, etc. Esta é terra dos grandes Macombe, Kupula, Mussa Quanto, Ngungunhana, etc e não propriedade privada de um Guebuza ou Chipande.
Unay Cambuma
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