"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sábado, 25 de março de 2017

@Verdade Editorial: Quando os políticos não têm juizo, o povo é que paga


Editorial
Escrito por Redação  em 24 Março 2017
A cada dia que passa, vai ficando evidente que somos um país governado por um bando de incompetentes cujo único senso de economia é o esbanjamento e espoliação dos cofres públicos. Aliás, pelo andar da carruagem, tudo indica que o pior momento para o povo moçambicano ainda está por vir. Os moçambicanos terão de apertar o cinto mais do que já está, de modo a terem pelo menos uma refeição por dia.
A subida do preço de combustível, cinicamente denominada de ajuste de preços, é paradigmático do que temos estado a falar. Ou seja, cinco meses após último aumento, a gasolina passa dos actuais 50.02 meticais para 56.06 meticais o litro, o gasóleo de 45.83 meticais para 51.89 meticais o litro. Esta nova realidade vai sufocar os moçambicanos, pois, em tabela, aumentam os preços de produtos alimentares, transportes, entre outras necessidades da população.
A justificação para este aumento, de acordo com o Governo de Nyusi, está relacionado com os subsídios às gasolineiras que não se ajusta a realidade actual pelos encargos que este subsídio representa para a estrutura de custos do Estado. Entretanto, isso não passa de uma redonda mentira e desculpa para entrar no bolso do cidadão pacato, pois a realidade no mercado internacional tem mostrado outro cenário. A título de exemplo, estes aumentos do preço de combustível acontece numa altura em que o custo do barril de petróleo tem vindo a baixar de forma significativa.
Essa situação não passa de reflexo da ladroagem (leia-se corrupção) que se instalou no sector petrolífero no país. Trata-se de uma corrente grossa de corrupção, sobretudo na importação de combustível, e isso reflecte-se no bolso do povo moçambicano que se vem forçado a pagar três vezes mais do preço real pela gasolina, diesel e petróleo.
Diga-se, portanto, que os dirigentes que hoje temos são um verdadeiro perigo público, ou seja, não são modelos para ninguém. São vampiros políticos que medram à custa do sofrimento e do generalizado subdesenvolvimento dos moçambicanos. O mais caricato, com os sentidos embotados por causa da sua vaidadezinha política e pessoal, não são capazes de sair dos seus covis e não têm a humildade suficiente para admitir que são a causa da perversão política, da crise económica que o país a travessa e da desgrenhada miséria que asfixia milhões de moçambicanos todos os dias. Numa só palavra, os dirigentes que temos por aí são os principais produtores de pobreza e de pobres em massa.

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