13/03/2017
Polícia diz estar a investigar
Camionistas de longo curso e dezenas de outros utentes da N7, a estrada outrora sujeita a escoltas obrigatórias do exército entre Vanduzi (Manica) e Changara (Tete), no centro de Moçambique, denunciaram o recrudescimento de abusos militares, com extorsões, roubos e agressões físicas.
As denúncias acontecem dias depois de o líder da Renamo ter estendido a trégua de paz entre o partido e o Governo por mais 60 dias.
Nas posições ocupadas pelas Forças de Defesa e Segurança no troço do rio Pungue-Catandica, os utentes da N7, uma das principais vias que dinamiza a economia de Moçambique e dos países vizinhos, denunciaram roubos de cargas, além de celulares e dinheiros, e agressões físicas durante as resistências de extorsão.
“Há uma pequena desestabilização naquelas matas entre rio Pungue e Catandica” precisou Almuade Ali, um camionistas tanzaniano, referindo-se às zonas onde foram reportadas as maiores emboscadas no conflito entre o braço armado da Renamo e as forças governamentais.
Ali contou que foi parado por um grupo de três jovens armados, vestindo uma mistura de farda militar e roupa civil, quando regressava do porto da Beira, no oceano Indico, tendo sido vasculhado a cabine do seu carro e retirado o seu telemóvel e dinheiro.
Outro camionista contou à VOA que há semana e meia, retiraram-lhe o telemóvel em Chiuala – uma aldeia que tinha sido tomado como aquartelamento das forças de defesa e segurança – para compensar a recusa de subtrair a carga que levava para o Malawi.
“Os jovens vestiam camisetes verdes mais para castanho. Todos estavam armados, mas uns tinham botas e outros chinelos apenas. No mesmo dia em que fui vítima, foi assaltado um camião na primeira ponteca de entrada a Catandica neste período da trégua” disse.
“A situação não é boa. E tememos que isso possa perigar a paz que tanto almejamos”, disse à VOA Rafael Bindula, outro camionista de longo curso, frisando que vários camionistas desistiram de circular a tarde e no princípio da noite naquele troço.
Entretanto, a Polícia moçambicana em Manica, que recebeu várias denúncias de roubos e agressões físicas ao longo do troço, estando a decorrer uma minuciosa investigação para encontrar os envolvidos.
“Ao longo da N7, estão a decorrer situações de carácter criminal, roubos e agressões, com mais frequência no período nocturno e está a decorrer um trabalho minuncioso de investigação, sendo que para já não podemos precisar quem são os envolvidos (se militares ou civis)”, disse Elsidia Filipe, porta-voz do comando da Polícia de Manica.
Os camionistas querem a retirada das posições militares nas estradas visto que o país observa mais um prolongamento da trégua de 60 dias, até 4 de Maio, declarado pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
VOA – 13.03.2017
Outro camionista contou à VOA que há semana e meia, retiraram-lhe o telemóvel em Chiuala – uma aldeia que tinha sido tomado como aquartelamento das forças de defesa e segurança – para compensar a recusa de subtrair a carga que levava para o Malawi.
“Os jovens vestiam camisetes verdes mais para castanho. Todos estavam armados, mas uns tinham botas e outros chinelos apenas. No mesmo dia em que fui vítima, foi assaltado um camião na primeira ponteca de entrada a Catandica neste período da trégua” disse.
“A situação não é boa. E tememos que isso possa perigar a paz que tanto almejamos”, disse à VOA Rafael Bindula, outro camionista de longo curso, frisando que vários camionistas desistiram de circular a tarde e no princípio da noite naquele troço.
Entretanto, a Polícia moçambicana em Manica, que recebeu várias denúncias de roubos e agressões físicas ao longo do troço, estando a decorrer uma minuciosa investigação para encontrar os envolvidos.
“Ao longo da N7, estão a decorrer situações de carácter criminal, roubos e agressões, com mais frequência no período nocturno e está a decorrer um trabalho minuncioso de investigação, sendo que para já não podemos precisar quem são os envolvidos (se militares ou civis)”, disse Elsidia Filipe, porta-voz do comando da Polícia de Manica.
Os camionistas querem a retirada das posições militares nas estradas visto que o país observa mais um prolongamento da trégua de 60 dias, até 4 de Maio, declarado pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
VOA – 13.03.2017
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