O líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, enviou uma carta ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, respondendo à exigência do Governo de cessação imediata das confrontações militares, informou hoje fonte do maior partido de oposição.
Falando à imprensa momentos após uma reunião da Renamo com os mediadores internacionais das negociações de paz, o chefe da delegação do maior partido de oposição, José Manteigas, disse que está à espera de uma resposta do chefe de Estado moçambicano, escusando-se de avançar pormenores sobre o conteúdo da carta.
"Neste momento, o que podemos dizer é que nós estamos à espera da resposta do Presidente da República sobre o documento que enviámos", afirmou José Manteigas.
As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de ataques nas últimas semanas em localidades do centro e norte de Moçambique, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde ou alvos económicos, como comboios da mineira brasileira Vale.
A Renamo acusa por sua vez as forças governamentais de bombardeamentos na serra da Gorongosa, onde se presume que se encontre o líder da oposição, Afonso Dhlakama.
A cessação imediata das hostilidades é um dos quatro pontos de agenda em discussão entre Governo e Renamo, que retomaram na segunda-feira as negociações de paz, após uma interrupção ocorrida a 27 de julho.
A primeira fase das conversações tem sido, porém, dominada pela exigência da Renamo em governar nas seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
José Manteigas disse que o seu partido reiterou hoje aquela exigência, considerando que esse ponto é "muito sensível".
O representante da Renamo disse que a exigência do maior partido da oposição ainda está em debate e os mediadores estão a analisar as posições das duas partes para uma posterior reunião da comissão mista.
As negociações de paz em Moçambique foram suspensas a 27 de julho e os mediadores internacionais deixaram uma proposta a ser analisada pelas delegações do Governo e da Renamo, cujo conteúdo não foi revelado
Na terça-feira, um dia após a retomada das negociações, os mediadores internacionais reuniram-se à porta fechada.
Falando aos jornalistas, à margem do encontro, Angelo Romano, da Comunidade de Santo Egídio, um dos mediadores indicados pela União Europeia (UE), disse que se tratou de "uma reunião interna", sem avançar pormenores sobre a agenda em debate.
As conversações estão focadas no primeiro ponto da agenda, sobre a exigência do principal partido de oposição de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Além da exigência da Renamo em governar em seis províncias e a cessação imediata dos confrontos, a agenda de negociações integra a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, incluindo na polícia e nos serviços de informação, e o desarmamento do braço armado do maior partido de oposição e sua reintegração na vida civil.
A região centro de Moçambique tem sido atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
O Presidente da República tem feito apelos sucessivos à paragem dos ataques da Renamo, mas Afonso Dhlakama condiciona um cessar-fogo à interrupção de alegadas investidas das Forças de Defesa e Segurança na Gorongosa.
EYAC/HB // EL
Lusa – 10.08.2016
A primeira fase das conversações tem sido, porém, dominada pela exigência da Renamo em governar nas seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
José Manteigas disse que o seu partido reiterou hoje aquela exigência, considerando que esse ponto é "muito sensível".
O representante da Renamo disse que a exigência do maior partido da oposição ainda está em debate e os mediadores estão a analisar as posições das duas partes para uma posterior reunião da comissão mista.
As negociações de paz em Moçambique foram suspensas a 27 de julho e os mediadores internacionais deixaram uma proposta a ser analisada pelas delegações do Governo e da Renamo, cujo conteúdo não foi revelado
Na terça-feira, um dia após a retomada das negociações, os mediadores internacionais reuniram-se à porta fechada.
Falando aos jornalistas, à margem do encontro, Angelo Romano, da Comunidade de Santo Egídio, um dos mediadores indicados pela União Europeia (UE), disse que se tratou de "uma reunião interna", sem avançar pormenores sobre a agenda em debate.
As conversações estão focadas no primeiro ponto da agenda, sobre a exigência do principal partido de oposição de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Além da exigência da Renamo em governar em seis províncias e a cessação imediata dos confrontos, a agenda de negociações integra a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, incluindo na polícia e nos serviços de informação, e o desarmamento do braço armado do maior partido de oposição e sua reintegração na vida civil.
A região centro de Moçambique tem sido atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
O Presidente da República tem feito apelos sucessivos à paragem dos ataques da Renamo, mas Afonso Dhlakama condiciona um cessar-fogo à interrupção de alegadas investidas das Forças de Defesa e Segurança na Gorongosa.
EYAC/HB // EL
Lusa – 10.08.2016
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