Que ocorre em Mazoe
…e membros da Renamo com medo de regressar à proveniência
A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Tete recusou-se a fazer quaisquer pronunciamentos em torno do desmandos protagonizados por membros e simpatizantes do partido no poder no distrito de Changara, alegando que o ambiente que se verificou nos últimos dias no posto administrativo de Mazoe não constitui nenhum tipo de crime.
Falando ontem ao Mulambe, o porta-voz do Comando Provincial da corporação nesta região do país, Luís Núdia, afirmou que os assuntos relacionados com as formações partidárias não cabem aos agentes da lei, ordem e tranquilidade públicas. “Escuso-me a falar deste assunto que tem a ver com partidos políticos. Aliás, não houve nenhum crime, porque, se tivesse havido, os colegas do Comando Distrital de Changara poderiam ter reportado para o Comando Provincial da PRM, o que não aconteceu e isto mostra que não tem indício de crime” – explicou.
De lembrar que, pelo menos, 117 pessoas abandonaram as suas residências e bens no posto administrativo de Mazoe, distrito de Changara, e declaram-se pertencentes à Renamo e, por esse motivo, têm sido vítimas das atrocidades perpetradas por membros do partido Frelimo naquela região da província de Tete. Esses cidadãos apresentaram-se no dia 17 do mês passado e acantonaram-se na sede provincial do seu partido, nesta cidade.
Com o
andar dos tempos, conseguiram localizar familiares na cidade, e aí estão, até
que a situação se altere.
Em declarações ao nosso jornal, aquelas famílias dizem que, por enquanto, não vão regressar à sua proveniência, porque prevalece o medo de serem agredidas e, até, serem mortas por membros e simpatizantes da Frelimo no posto administrativo de Mazoe, situação que, segundo suas palavras, não é de hoje e é do conhecimento das autoridades administrativas do distrito de Changara, que não tomam as devidas providências para que haja entendimento e harmonia entre apoiantes do partido no poder e os de outras formações políticas.
As 117 pessoas deslocadas de Mazoe, em princípio, tinham como pretensões de encontrar quem as apoiasse numa ida ao Malawi, para se juntar a outros mais de 12 mil moçambicanos que procuraram refúgio naquele país vizinho, depois de serem vítimas de atrocidades por parte de membros das Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Moatize e Tsangano. (Domingos Parafino)
JORNAL MULAMBE – 12.04.2016
Em declarações ao nosso jornal, aquelas famílias dizem que, por enquanto, não vão regressar à sua proveniência, porque prevalece o medo de serem agredidas e, até, serem mortas por membros e simpatizantes da Frelimo no posto administrativo de Mazoe, situação que, segundo suas palavras, não é de hoje e é do conhecimento das autoridades administrativas do distrito de Changara, que não tomam as devidas providências para que haja entendimento e harmonia entre apoiantes do partido no poder e os de outras formações políticas.
As 117 pessoas deslocadas de Mazoe, em princípio, tinham como pretensões de encontrar quem as apoiasse numa ida ao Malawi, para se juntar a outros mais de 12 mil moçambicanos que procuraram refúgio naquele país vizinho, depois de serem vítimas de atrocidades por parte de membros das Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Moatize e Tsangano. (Domingos Parafino)
JORNAL MULAMBE – 12.04.2016
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