"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 6 de abril de 2016

Guebuza reconhece legalidade da segurança armada de Dhlakama(Repetição)

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— afirma arcebispo da Beira, em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» “...os que eles chamam de homens armados não são novidade para ninguém, nem para a nação, nem para a comunidade internacional, pois a sua existência mereceu um lugar no AGP” e “a existência dos chamados homens armados nos distritos de Maringue e Inhaminga, na província de Sofala, é legal e o presidente da República Armando Guebuza reconhece a legalidade da sua existência” — Dom Jaime Gonçalves
Dom Jaime Gonçalves, arcebispo católico da Diocese da Beira, figura que esteve directamente ligada às negociações do Acordo Geral da Paz que veio a se assinado a 04 de Outubro de 1992 na cidade italiana de Roma, na sua presença, disse em entrevista ao «Canal de Moçambique» que “a existência dos chamados homens armados nos distritos de Maringue e Inhaminga, na província de Sofala, é legal e o presidente da República Armando Guebuza reconhece a legalidade da sua existência”. Dom Jaime acrescentou ainda que há uma coisa que deve ficar devidamente esclarecida: “eles (os homens armados) não constituem nenhuma ameaça à paz, como vem dizendo os políticos nos últimos dias”.
O prelado Gonçalves justificou a sua posição dizendo que “durante os quinze anos da Paz eles estão lá e nunca mataram ninguém”. O arcebispo da Beira recusa-se a tratar os homens em causa por “homens armados”. Insiste tratá-los por “Guardas de Dhlakama”. Falar de “homens armados” diz, “é manipular os moçambicanos, porque lá onde eles estão não fazem mal a ninguém”. Dom Jaime que acrescenta: “Eu sou testemunha ocular disso, conheço muito bem Maríngue e Inhaminga, inclusive, em Inhaminga pediram-me para ir pôr uma escola secundária e fui construir, está lá, a funcionar sem problemas porque o ambiente é bom”, garante.
Ainda de acordo com o arcebispo da Beira, “a única vez que estes homens dispararam foi quando foram atacados por agentes da Polícia da República de Moçambique”. “Eles reagiram porque a sua existência é legal e eles estão conscientes disso”, refere o nosso interlocutor. A solução para aqueles compatriotas, segundo Dom Jaime, “seria a sua legalização como guardas oficiais de Dhlakama, tal como estava previsto no AGP em 1992”, O arcebispo Dom Jaime, acrescentou que “se a legalização desses homens não aconteceu até hoje, é porque por questões políticas alguém quer os usar, como está a acontecer agora”.
Não apontou que questões políticas são as tais a que se refere. A terminar, Dom Jaime afirma que “todos os que falam de homens armados como sendo ilegais, o fazem sabendo que estão a mentir. Eles sabem que a sua existência é legal e sabem que eles não fazem mal a ninguém”. Dom Jaime falou em exclusivo ao «Canal de Moçambique» no Centro de Conferência Joaquim Chissano, no final do brinde oferecido pelo Presidente da República Armando Guebuza, alusivo às comemorações do 15º aniversário do Acordo Geral de Paz. (Borges Nhamirre e Jorge Matavel)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 10.10.2007
NOTA: Então se é assim, porquê e para quê tantas "bocas" sobre esta situação, de muitos responsáveis políticos da FRELIMO?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
 

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