"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

CADA UM DE NÓS PODE REFLECTIR SOBRE O SEU PAPEL NO PROCESSO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE.


As reflexões Juma Aiuba,que vão ao encontro do que trava as mudanças em Moçambique a acção da Frelimo, a postura da oposição e dos moçambicanos como povo.
Aos poucos a infelicidade é somente nossa como mocambicanos e acaba aquilo de chamarmos a isso aos outros africanos. Portanto:
1) Comprar calcinhas e soutiens grandes para esconder votos, fabricar votos falsos, desviar editais, não coisas de África em geral, mas particularmente de Moçambique
2) Puxa-saquismo do partido no poder, fingindo-se ser da oposicão só porque quer prémio porque evitou mudancas, não são coisas de África em geral, mas de Mocambique. Partidos políticos que nascem como cogumelos em tempo eleitoral, simplesmente à caca do "trust fund" não é coisa da África em geral.
3) Lambebotismo, conformismo, a indiferença em períodos eleitorais, não são coisas de africanos em gerais, mas particularmente nossas como moçambicanos. Em Mocambique basta um frango, uma camisete, uma cerveja, uma capulana para mudar a consciência.
4) Mas também há outro problema particular em Moçambique que é a luta pelo lugar elegível na lista das candidaturas.

Eis:

Por Juma Aiuba

Infelizmente...

Engana-se quem pensa que os resultados eleitorais da vizinha África do Sul irão dar algum juízo aos cinquentenários das redondezas. Muito pelo contrário. Devem estar a dizer "bem feito!" ao A-Ene-Cê... Quem mandou não roubar votos... Quem mandou não ter a Comissão Eleitoral na mão... Quem mandou contar e divulgar logo os redultados... Quem mandou nao chamboquear pessoas... etecetera. Bem feito!

Portanto, ao invés de tentarem melhorar, quanto cedo, a relação com as bases, praticarem a inclusão económica e social ou, enfim, cumprirem com as promessas eleitorais, estão a fazer tudo ao contrário. Neste momento, devem estar a encorajar a sua ala feminina a comprar calcinhas e soutiens grandes para esconder votos. Devem estar a criar novas rotas de tráfico de eleitores e de votos fantasmas. Devem estar a ensaiar um software pirata algures. Devem estar a fabricar boletins de voto falsos por aí. Enfim, devem estar a aperfeiçoar o que melhor sabem fazer.
Infelizmente, a nossa oposição também não aprendeu nada. Não aprendeu a lição da organização e da preparação. Não aprenderam o truque da união e da coesão. Assim, devem estar a procurar um outro lugar incerto. Devem estar a preparar-se para puxarem saco do partido no poder para amealharem um algum. Devem estar a engendrar esquemas para acotovelarem-se entre si.
Pior ainda, somos nós - o povo. Não aprendemos nada com os cunhados. Não copiamos a lição da coragem e da vontade de mudar. Não entendemos a mensagem. Não entendemos ainda que a nossa vida depende só e somente de nós próprios. Ao invés de semearmos tomates como os do cunhado, estamos a pensar em qual das botas vamos lamber desta vez. Depois de 2018 e 2019 estaremos lamentando de novo. Estaremos com a mesma choradeira e ouvindo a mesma ladainha.
- Co'licença!


In Mural de Juma Aiuba (08.08.2016)

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