Carta de Prakash Ratilal:
Meus Companheiros e Companheiras de longa Marcha, mas de curta história!
Agradeço terem sido meus pares nesta tentativa de criar um banco com maioria moçambicana. Erguemos, pusemos a funcionar com qualidade, mas não concluímos a obra.
Neste período, convosco aprendi e convosco dirigi um processo lindo. Juntos criamos um fruto chamado Moza!
Foi curta a história. Mas foi muito intensa! Ficará na nossa memória!
Meus Caros
O Moza foi intervencionado porque não conseguiu capital para ocorrer às alterações (em alta) dos rácios de capital, introduzidas nos últimos meses, sucessivamente, pelo banco central. Por outras palavras, não resistiu à longa incerteza (2 anos) depois da Resolução do BES nem às alterações drásticas que estão a ocorrer em Moçambique a afectar a economia e as finanças das empresas e de particulares, cujo futuro de curto prazo também é incerto. Claro que o futuro de Moçambique daqui a 9/12meses será certamente bom!
O Moza Banco, fruto bem sucedido (ao longo de 8 anos) da visão, da dedicação e da ousadia de alguns moçambicanos e amigos estrangeiros, demonstra hoje boa vitalidade. O banco tem bons pilares, bons sistemas e canais electrónicos e uma equipa técnica de jovens de alto gabarito, com elevada ética e competência.
Em apenas 6 anos (dos 8 de existência) já assumia o 4o lugar no meio de grandes bancos, que tinham casa-mãe na Europa e na Africa do Sul. O Moza não tinha casa-mãe.
À medida que o crédito vencido foi aumentando no banco e os levantamentos dos depósitos iam ocorrendo, faltou capital por parte dos moçambicanos e faltou capital por parte do Novo Banco, que sendo banco de transição, não podia aportar novo capital. A não realização de capital gerou falta acentuada de liquidez, tornando o Banco num potencial de perturbação no mercado, com efeitos sistémicos!
A intervenção foi assim a melhor forma de defender os interesses dos depositantes. Não foram detectadas falhas graves na gestão do Moza. Nenhum Administrador, incluindo o PCA e o PCE, tem processos disciplinares. Ninguém foi inibido do exercício de funções bancárias! O problema residiu no plano dos accionistas que não aportaram capital. A entrada de um terceiro parceiro foi tardia.
Meus caros,
Nenhum de nós aprendeu a gerir 2 incertezas em simultâneo: futuro incerto do Novo Banco e futuro incerto de Moçambique no curto prazo. Fizemos o melhor e no essencial creio que fizemos bem!
Mas, a nossa vida em conjunto não terminou. O Moza Banco não foi liquidado. Foi intervencionado. Vamos concentrar-nos na recuperação máxima do capital investido pelos accionistas da Moçambique Capitais. Muitos confiaram na nossa integridade.
Em retribuição a estes gestos de confiança é nosso dever, é nossa responsabilidade tudo fazer para recuperar o máximo dos valores investidos.
Caros,
Não devemos desanimar.
Ousamos, ganhamos, mas não chegamos ao fim! Mas, estamos unidos, estamos com a alma limpa!
Quem ousa tem a chance de ganhar ou de perder. No caso do Moza, não deu para ganhar tudo. Ainda que com obra incompleta, o Moza vai continuar a brilhar...
Quem não ousa, esse, nunca terá a chance de ver o brilho, nem meio-brilho.
E o Moza brilha, porque ousamos! Ousamos porque à volta de uma ideia forte, valiosa e íntegra, foram aglutinadas pessoas com valor, que transformou a ideia em algo concreto e verdadeiro! Algo Soberbo, algo marcante!
Cada um de vós deu a sua contribuição para o DNA do Moza que incorpora também valores éticos e de competência e cultura de bom atendimento!
Entramos numa fase nova com a cabeça erguida e ainda com energia. Estamos coesos. Devemos continuar juntos.
Vamos baixar um pouco o ritmo. Reequacionar tudo e com a experiência acumulada, voltar a criar algo nosso, pequeno, sustentável e sem turcos nem moicanos!
Pessoalmente, entre outras coisas, vou parar um pouco a velocidade/intensidade e conviver um pouco mais com os netos e a família!
Obrigado pela vossa reiterada confiança e empenho. Cada um de vós é grande.
Obrigado de fundo do coração.
À medida que o crédito vencido foi aumentando no banco e os levantamentos dos depósitos iam ocorrendo, faltou capital por parte dos moçambicanos e faltou capital por parte do Novo Banco, que sendo banco de transição, não podia aportar novo capital. A não realização de capital gerou falta acentuada de liquidez, tornando o Banco num potencial de perturbação no mercado, com efeitos sistémicos!
A intervenção foi assim a melhor forma de defender os interesses dos depositantes. Não foram detectadas falhas graves na gestão do Moza. Nenhum Administrador, incluindo o PCA e o PCE, tem processos disciplinares. Ninguém foi inibido do exercício de funções bancárias! O problema residiu no plano dos accionistas que não aportaram capital. A entrada de um terceiro parceiro foi tardia.
Meus caros,
Nenhum de nós aprendeu a gerir 2 incertezas em simultâneo: futuro incerto do Novo Banco e futuro incerto de Moçambique no curto prazo. Fizemos o melhor e no essencial creio que fizemos bem!
Mas, a nossa vida em conjunto não terminou. O Moza Banco não foi liquidado. Foi intervencionado. Vamos concentrar-nos na recuperação máxima do capital investido pelos accionistas da Moçambique Capitais. Muitos confiaram na nossa integridade.
Em retribuição a estes gestos de confiança é nosso dever, é nossa responsabilidade tudo fazer para recuperar o máximo dos valores investidos.
Caros,
Não devemos desanimar.
Ousamos, ganhamos, mas não chegamos ao fim! Mas, estamos unidos, estamos com a alma limpa!
Quem ousa tem a chance de ganhar ou de perder. No caso do Moza, não deu para ganhar tudo. Ainda que com obra incompleta, o Moza vai continuar a brilhar...
Quem não ousa, esse, nunca terá a chance de ver o brilho, nem meio-brilho.
E o Moza brilha, porque ousamos! Ousamos porque à volta de uma ideia forte, valiosa e íntegra, foram aglutinadas pessoas com valor, que transformou a ideia em algo concreto e verdadeiro! Algo Soberbo, algo marcante!
Cada um de vós deu a sua contribuição para o DNA do Moza que incorpora também valores éticos e de competência e cultura de bom atendimento!
Entramos numa fase nova com a cabeça erguida e ainda com energia. Estamos coesos. Devemos continuar juntos.
Vamos baixar um pouco o ritmo. Reequacionar tudo e com a experiência acumulada, voltar a criar algo nosso, pequeno, sustentável e sem turcos nem moicanos!
Pessoalmente, entre outras coisas, vou parar um pouco a velocidade/intensidade e conviver um pouco mais com os netos e a família!
Obrigado pela vossa reiterada confiança e empenho. Cada um de vós é grande.
Obrigado de fundo do coração.
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