03 de Outubro de 2016, 17:26
A polícia de Manica, no centro de Moçambique, iniciou uma investigação ao elemento da Frelimo, que estava armado na plenária da Assembleia provincial, disse hoje à Lusa fonte da instituição.
O elemento da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), tinha autorização de porte da arma, do tipo pistola, para defesa pessoal, mas as circunstâncias da sua posse na plenária do órgão alertou as autoridades, disse Elsidia Filipe, porta-voz do comando da Polícia de Manica.
“Este assunto (descoberta da arma na plenária) está a merecer o devido tratamento”, precisou Elsidia Filipe.
“O executivo provincial estava na sessão” e “a arma podia ser motivo de insegurança na plenária”, disse Elsidia Filipe, justificando assim a acção das autoridades que recolheram a pistola e revistaram os restantes deputados eleitos.
A presença da arma na plenária foi denunciada por membros da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), maior partido da oposição, que boicotou a sessão de terça-feira, dedicada a perguntas e respostas do Governo provincial de Manica, por insegurança, ao considerar que “não haviam condições de coabitação”.
Manuel Zindoga, chefe da bancada da Renamo na Assembleia provincial, disse que, perante a instabilidade que atinge a província e a perseguição aos membros da oposição, os 39 eleitos do partido decidiram abandonar a sessão.
Há duas semanas, um dirigente da Renamo foi executado em Moatize (Tete), no fim de uma sessão do órgão local.
A Assembleia provincial de Manica, composta por 80 eleitos (40 da Frelimo, 39 da Renamo e 1 do Movimento Democrático de Moçambique), tinha reunido a 22 e 23 de Setembro, marcando a sessão de encerramento para Terça-feira, 27, após dois dias de interrupção.
A região centro de Moçambique tem sido palco de confrontos entre o braço armado do principal partido de oposição e as autoridades, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos da Renamo e da Frelimo.
SAPO
EY: Enquanto membro da Frelimo nada acontecerá. A tal investigação é mais um teatro para enganar os distraídos de que estão a trabalhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário