Há
momentos em que o rumo que a vida toma, obriga-nos a reconhecer e a assumirmos
que SOMOS AZARADOS.
O país já está a arder, com tiroteios, colunas militares ao longo da N1, perseguição e assassinatos de dirigentes partidários (Frelimo e Renamo), refugiados ou deslocados moçambicanos no Malawi e outros fenómenos que estão a tornar o dia-a-dia dos moçambicanos um verdadeiro caos.
É de outros tempos o provérbio segundo o qual “um mal nunca vem só”.
Há sempre um acompanhante que vem, negativamente, apimentar a já sofrida condição de vida dos 25 milhões de moçambicanos.
Vem isto a propósito das recentes declarações de um governador provincial que, por qualquer equívoco, passou no casting da lista que foi parar às mãos de Filipe Nyusi.
Nome dele é Paulo Awade. Não é a primeira a vir publicamente dizer, à luz do dia e diante de câmeras de televisão, tamanhas asneiras. Daquelas asneiras que, em Estados modernos, quem o nomeou tinha a obrigação moral e profissional de, no dia seguinte, exarar um despacho de exoneração.
Depois de em outros tempos, Paulo Awade ter publicamente dito que “alguém o tentou subornar em pleno gabinete de trabalho”, vem agora, o bom do governador, mostrar o seu estado míope, a sua insanidade mental e o seu total e manifesto estado esquizofrénico.
O país já está a arder, com tiroteios, colunas militares ao longo da N1, perseguição e assassinatos de dirigentes partidários (Frelimo e Renamo), refugiados ou deslocados moçambicanos no Malawi e outros fenómenos que estão a tornar o dia-a-dia dos moçambicanos um verdadeiro caos.
É de outros tempos o provérbio segundo o qual “um mal nunca vem só”.
Há sempre um acompanhante que vem, negativamente, apimentar a já sofrida condição de vida dos 25 milhões de moçambicanos.
Vem isto a propósito das recentes declarações de um governador provincial que, por qualquer equívoco, passou no casting da lista que foi parar às mãos de Filipe Nyusi.
Nome dele é Paulo Awade. Não é a primeira a vir publicamente dizer, à luz do dia e diante de câmeras de televisão, tamanhas asneiras. Daquelas asneiras que, em Estados modernos, quem o nomeou tinha a obrigação moral e profissional de, no dia seguinte, exarar um despacho de exoneração.
Depois de em outros tempos, Paulo Awade ter publicamente dito que “alguém o tentou subornar em pleno gabinete de trabalho”, vem agora, o bom do governador, mostrar o seu estado míope, a sua insanidade mental e o seu total e manifesto estado esquizofrénico.
É que, não cabe, na cabeça de pessoas razoavelmente civilizadas e humanizadas, que um governador provincial venha dizer que o país não se deve preocupar com os quase sete mil moçambicanos que fugiram para o Malawi, pelo simples facto de serem “filhos e mulheres de homens armados da Renamo”.
Ou seja, para o insano governador, se um moçambicano é membro de um partido que não seja o seu (Frelimo), este moçambicano perde os direitos que a Constituição da República consagra a favor deste moçambicano. As declarações do governador vem claramente confirmar as denúncias feitas pela Renamo e, na primeira pessoa, pelas próprias populações, segundo as quais fogem para o Malawi para escapar da perseguição das Forças de Defesa e Segurança.
As populações já disseram que as suas casas e celeiros foram queimados, outros mortos e outros ainda chamboqueados pelo simples facto de serem membros da Renamo ou pelo simples de serem confundidos como tal. São acusados de serem familiares de homens armados da Renamo, de alimentar e proteger os homens armados, daí que devem ser castigados e expulsos da zona para se devolver a paz e tranquilidade.
Tudo isto foi confirmado por Paulo Awade, pois, na primeira pessoa disse: “Aqueles são familiares, filhos e mulheres de homens armados”. Assim, não podem ser considerados refugiados, mas sim familiares de criminosos.
O governador disse tudo o que disse porque sabe que estamos num país em que não se implementa o termo “responsabilização”.
Ele sabia que poderia dizer o que quisesse dizer, pois o seu chefe não vai, de maneira nenhuma, fazer nada.
Absolutamente nada. E mais, sabe que se no dia seguinte as populações fossem manifestar a casa do governador, exigindo a sua responsabilização, as FDS sob sua alçada iriam protegê-lo. De facto, é verdade. Só que, alguns governantes se esquecem que a panela continua a ferver e quando atingir o ponto de ebulição, não existe tropa nem Polícia alguma que vai conseguir impedir a revolta e a justiça popular. É que há momentos em que se não é quem de direito a endireitar o que deve ser endireitado, será o povo a dizer “basta” a governadores da estirpe de Paulo Awade.
(fernando.mbanze@mediacoop.co.mz
MEDIA FAX – 02.03.2016
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