sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Tenente General Mariano Nhongo, pare de confundir a opinião pública. O senhor deve ser sempre contundente nas suas abordagens diante da imprensa. O senhor diz que o Presidente eleito democraticamente no Congresso realizado na Serra da Gorongosa, no último dia 15 de Janeiro de 2019, não tem competências para falar em nome da Renamo. Porque segundo no seu entender a Renamo, ainda não tem Presidente. É aqui onde a nossa conversa começa. Primeiro devo dizer que aquando da realização do Congresso, em Janeiro, acho que o senhor estava fora do país. Ou se calhar em coma profundo. Mas diga uma coisa senhor Nhongo, o senhor tem domínio dos Estatutos do seu Partido, aliás do Partido Renamo? Acho que não. Ora vejamos: os Estatutos do Partido rezam no seu artigo 19, alínea número 04, que fazem parte das competências do Congresso e passo a citar: "Eleger o Presidente do Partido, a mesa do Congresso, o Conselho Nacional e o Conselho Jurisdicional Nacional." E assim aconteceu. Todos nós estivemos lá e acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos. O Braço militar esteve representada pelos Chefe e vice chefe do Estado Maior General, Thomas Maquinze e pelo então Brigadeiro Jossefa de Sousa. A eleição decorreu de uma forma livre, justa e transparente. O Congresso contou com 668 de Congressistas dos 700 previstos e um pouco mais de 300 convidados. Vale recordar que a eleição arrancou pelas 22 horas e só terminou pelas 4 horas do dia seguinte com o apuramento dos resultados. Eis os dados obtidos por cada candidato: Ossufo Momade, 410 votos, que correspondem a 65%; Elias Dhlakama (o canditado que o senhor diz ter apoiado), 260 votos, que correspondem a 34,98%; Juliano Picardo, 8 votos, correspondente a 0,2%. Com o anúncio dos resultados difinitivos, consagrava - se o Ossufo Momade como Presidente da Renamo. O acto foi sucedido por cantos e danças, pois, aquele acto comprovara o que realmente a Renamo é - Democrata. Mas, por outro lado, a frustração começou a tomar conta dos nossos irmãos da Beira. Alguns nem conseguiam conter a sua raiva. O que revelava um puro tribalismo. O resto foi o que assistimos. Começaram a invocar os Estatutos do Partido para sustentar a sua insurgencia. E no fim foram filiar - se ao MDM. Isso confirmou, de certo modo, que aqueles senhores eram infiltrados e que não gostavam de Afonso Dhlakama, tal como vinham propalando. Se realmente o gostassem e o respeitassem, teriam empreendido mesmo esforço que ele empreendera para ver a organização unida e coesa. Isso não tem sido uma tarefa fácil. São estes que hoje usam o General Mariano Nhongo, para desestabilizar o Partido. O Ossufo Momade, é e será nos próximos 5 anos, o Presidente da Renamo. Ele foi eleito num Congresso pelo povo. Não foi por imposição. O que o senhor deve sempre trazer a público e em grandes parangonas é que a junta militar pretende escolher o seu comandante que aposterior irá representar o seu grupo nas negociações que alegam querer mover com o governo (sei lá em nome de quem). O senhor e os seus sequazes não tem nenhuma legitimidade para destituir o Presidente Ossufo Momade. Agora, havendo um artigo que sustente a vossa pretensão, aí sim. Podem contar com o apoio de todos membros da Renamo.
PS: O senhor e os seus patrões são mafiosos. Quando a Frelimo defraudou as últimas eleições gerais, porque é que não desacataram as ordens do Presidente Dhlakama e saírem a rua com armas em punho exigindo a demissão do Nyusi?
PS: O senhor e os seus patrões são mafiosos. Quando a Frelimo defraudou as últimas eleições gerais, porque é que não desacataram as ordens do Presidente Dhlakama e saírem a rua com armas em punho exigindo a demissão do Nyusi?
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