15/08/2019
O distrito de Nacala-a-Velha, na província de Nampula, vai ter uma central termoeléctrica a carvão com capacidade de produzir 200 megawatts (MW) até 2022.
As obras estão a cargo da empresa Somagec, subsidiaria da Corporação de Engenharia de Energia da China (CEEC), e vão custar 21 mil milhões de meticais (312 milhões de euros), lê-se no relatório de pré-viabilidade ambiental consultado hoje pela Lusa.
A central vai usar carvão extraído pela mineradora brasileira Vale em Moatize, na província de Tete.
A central vai empregar directamente 1.850 pessoas na fase de construção e vai criar cerca de 11.500 empregos indirectos e 45 mil induzidos. Na fase de operação e manutenção vai gerar 300 empregos directos, 1.860 empregos indiretos e 7.300 induzidos.
O projecto aguarda aprovação do estudo de impacto ambiental, mas uma avaliação preliminar indica que a central é viável.
"Os estudos e investigações não identificaram qualquer falha fatal que possa impedir o avanço do projecto", lê-se no relatório da IMPACTO, consultora contratada para fazer o levantamento dos possíveis impactos do empreendimento.
O relatório acrescenta que as principais questões identificadas com estudo de avaliação ambiental incluem potenciais impactos associados a emissões atmosféricas, geração de ruídos, gestão de resíduos e a aspetos socioeconómicos.
A Eletricidade de Moçambique estima que em Nampula a procura de energia atinja 115 megawatts até 2023, estando a província, atualmente, com uma disponibilidades de 43 megawatts.
LUSA – 15.08.2019
NOTA: Claro que a China tem que rentabilizar as centrais a carvão que vai encerrando. Veja abaixo:
Pequim encerra última grande central energética a carvão
A última grande central energética alimentada a carvão em Pequim suspendeu operações, com a eletricidade da cidade a ser agora gerada por gás natural, informou a agência de notícias estatal.
O encerramento da central térmica Huangneng Beijing surge após a reunião anual legislativa, onde o primeiro-ministro Li Keqiang prometeu "tornar os céus novamente azuis", num discurso transmitido em todo o país.
De acordo com a agência Xinhua, Pequim tornou-se a primeira cidade do país a ter todas as suas centrais energéticas alimentadas a gás natural, um objetivo traçado em 2013.
A central Huangneng é a quarta a ser encerrada e substituída por centros de energia térmica a gás entre 2013 e 2017, cortando quase 10 milhões de toneladas em emissões de carvão, todos os anos.
A notícia foi avançada pela Xinhua na noite anterior às autoridades municipais terem emitido um alerta azul por intensa poluição atmosférica, hoje.
LUSA – 19.03.2017
PS: Mais um “negócio da China” para alguns.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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