02/08/2019
APELO À RECONCILIAÇAO
Por Lawe Laweki
Ao saber que a Liderança de Machel-Marcelino dos Santos havia influenciado a Polícia de Tabora na Tanzânia e temendo pela sua vida, o Padre Gwenjere deixou Tanzânia em 1972 para Nairobi no Quênia, considerado um porto seguro para tantos moçambicanos que, no exílio, eram forçados a fugir, não do inimigo comum, o regime colonial, mas dos outros combatentes pela liberdade.
Logo após a sua chegada a Nairobi, no Quênia, o Padre Gwenjere começou a trabalhar no sentido de unir os líderes dissidentes da FRELIMO. Enviou telegramas ao líder do COREMO, Paulo Gumane, e ao vice-presidente da FRELIMO, Uria Simango, que chegaram a Nairobi em 15 de Janeiro de 1973 para uma reunião com ele. Após a reunião, Simango e Gumane concordaram em trabalhar juntos sob a égide do COREMO.
(Padre Gwenjere no Quênia, informando um funcionário da ONU, William Sach, sobre a situação caótica no movimento da FRELIMO. Fonte: © 2019 Lawe Laweki)
De acordo com os arquivos da PIDE, o padre Gwenjere aceitou entusiasticamente o convite que recebeu dos líderes do COREMO para participar desse movimento. No entanto, ele não aceitou o cargo de vice-presidente designado para ele. De acordo com o padre, embora estivesse preocupado com a libertação de Moçambique, ele queria manter a sua condição de sacerdote, que era incompatível com o seu envolvimento directo em assuntos políticos.
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