04/08/2019
"A fome que se está a avizinhar de Cabo Delgado, pode-se minimizar, está na hora de o fazer, agir e planear para depois não chorarmos os mortos"
Parece que as gentes de Cabo Delgado, pertencem a um pais diferente, que não são Moçambicanos, so se lembram deles quando e para lhes pilharem os recursos, o gás, a grafite, as pedras, o marfim, as madeiras.
Este ano foram afectados por um ciclone devastador, o Kenneth, desde que há registos, nunca um ciclone tinha devastado Cabo Delgado com aquela intensidade.
As culturas ficaram destruídas, pior que o Kenneth estão a ser os ataques dos insurgentes a mando de gente conhecida da praça, só um cego não consegue ver quem esta por trás e a financiar os ataques.
As pessoas não fizeram machambas, nem vão fazer até que regresse a segurança, isso não irá acontecer tão cedo.
As chuvas estão a aproximar-se e ninguém está a fazer nada para minimizar a situação.
O World Food Program e alguns parceiros estão a fazer algo, mas é uma gota de água, daquilo que deveria ser feito e pior ainda estão a retirar-se e a reduzir os esforços, quando deveria ser o contrário.
O Idai, o Kenneth foram repentinos não foi possível fazer previsões, a fome que se está a aproximar de Cabo Delgado pode-se prever está a caminhar a passos largos e ninguém está a fazer esforços para a minimizar.
Transportar arroz e feijão por helicóptero ou avião sai caro, mais caro que o próprio valor da comida, com o aproximar das chuvas as estradas vão ficar intransitáveis, não vai ser possível transportar por camião.
Na zona costeira de Cabo Delgado há alternativas, as lanchas à vela que abastecem as populações há mais de 500 anos, muitas delas foram destruídas pelo Kenneth mas ainda há algumas a trabalhar.
Não sofrem ataques pelos insurgentes, chegam onde os camiões não chegam, criam postos de trabalho, não tem problemas com as chuvas e são competitivas em relação aos camiões cavalo, não gastam gasóleo, nem pneus.
O WFP já fez uma ténue experiencia de transporte de Pemba para as ilhas, com as lanchas à vela, essa experiência foi muito positiva, está na hora de continuar e não abandonar o trabalho que se começou.
A fome que se está a avizinhar de Cabo Delgado, pode-se minimizar, está na hora de o fazer, agir e planear para depois não chorarmos os mortos.
Moçambique não precisa de aparecer mais nos noticiários internacionais como o pais onde há pessoas a morrer de fome.
(Recebido por email)
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