"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 5 de maio de 2017

Nyusi e Dhlakama nomeiam doze oficiais militares para verificação das tréguas


Num filme que já conhecemos
A observação e verificação das tréguas militares em todas as províncias do Sul, centro e Norte, onde se registaram os conflitos, começa na próxima segunda-feira.
Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, no âmbito dos consensos alcançados, nomearam duas equipas, constituídas por onze militares e um elemento do SISE, que vão observar e verificar o cumprimento das tréguas militares que, na quinta-feira, foram estabelecidas por um prazo indeterminado.
Afonso Dhlakama informou, na quinta-feira, em conferência de imprensa por telefone, que a primeira Comissão estará baseada em Maputo, com a tarefa de verificar o cumprimento dos entendimentos entre ele e Filipe Nyusi em toda a região sul. Essa Comissão é constituída por quatro militares, sendo dois provenientes de cada lado. A segunda equipa é composta por oitos oficiais militares, quatro de cada lado, e estará colocada na Gorongosa, para supervisionar as regiões centro e norte.
Segundo o presidente da Renamo, neste momento as equipas que discutem as questões militares estão a negociar o “modelo de reintegração” dos homens da Renamo nas Forças Armadas, para, segundo disse, tentar-se criar um equilíbrio nos cargos de comando e chefia. E estão a negociar a possibilidade de alguns elementos entrarem na Polícia segundo o que vinha preconizado no Acordo Geral de Paz, de Roma.
Também está a ser discutida a possibilidade de os técnicos da Renamo serem integrados no Serviço de Informação e Segurança do Estado.
Composição das equipas e suas posições
Segundo dados em poder do “Canalmoz”, para a equipa da região sul, que terá sua sede em Maputo, Filipe Nyusi indicou, no dia 27 de Abril, o brigadeiro Aguiar da Rosalina Abdala e o superintendente-principal da Polícia José Naftalina Machava. Por sua vez, Afonso Dhlakama nomeou, no dia 24 de Abril, o coronel Martinho Vitorino Corrente Matanandula e o tenente-coronel José Luís Vergonha.
Para a equipa que vai para a Gorongosa e que estará colocada na “Base Mazembe”, região de “Namadjiua”– que o Governo havia tomado de assalto à Renamo, – Filipe Nyusi nomeou o coronel Borges Nortodino, o superintendente-principal da Polícia Raúl Wasasse, o tenente-coronel Zeca Mulatino Cebolinha e Viriato Alberto Palmela. Por sua vez, Afonso Dhlakama indicou o coronel João Jhone Buca, o tenente- coronel Brito Caetano Calite, o major Carlos Estimar Chumbo e o capitão Augusto Martinho Pahina.
Segundo fontes do “Canalmoz”, no começo desta semana, uma delegação constituída por elementos da Presidência da República e da Renamo, deslocou-se à província de Sofala com a missão de apresentar os oitos oficiais militares supervisores à governadora daquela província e ao administrador da Gorongosa, onde deverão começar os contactos com militares e civis. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 05.05.2017

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