do lado da evidência
Com a entrega do relatório da Kroll sobre a dívida que se quis soberana à Procuradoria-Geral da República (PGR), ficou encerrada apenas uma parte do processo, bastante requintado de nuances criminais, que começaram com o pontapear da Constituição da República até “desaguarem” em outras infracções que não fazem lembrar o diabo.
O relatório da Kroll, a reputada firma britânica de auditoria contratada para auditar as empresas Ematum, MAM e Proíndicus e financiada pelo governo da Suécia, chegou formalmente às mãos de Beatriz Buchili, na passada sexta-feira.
A PGR, em comunicado, informou que já está na posse do mesmo e que está a proceder á sua verificação e que ao final de 90 dias irá tornar públicas partes do mesmo, com a salvaguarda de casos que tenham a ver com o segredo de justiça!
Entretanto, nos corredores diplomáticos, superiormente comandados pelo governo da Suécia e os outros países que “fecharam” as torneiras ao orçamento, esse relatório já esta(va) a ser consumido e os principais “patrões”, os moçambicanos que sentem na pele a crise originada por essa divida, ainda tem de esperar cerca de três meses.
Esta crise com requintes de “gangsterismo” por quem a orquestrou – gente conhecida, incluindo os seus domicílios – interessa mais às “vítimas”, mas como diz um amigo meu “Em Relações Internacionais, quem financia manda”.
Quando por Despacho Presidencial n.º 36/2014, o antigo Chefe de Estado Armando Guebuza – no uso das competências que são conferidas ao presidente em exercício pelo artigo 159 alínea h) da Constituição da República – nomeou Beatriz da Consolação Mateus Buchili para o cargo de procuradora geral da República (PGR), ninguém poderia conjecturar que três anos depois ela seria a “eleita” para receber esse relatório e dar um intervalo aos seus pares, por alegadas razões de “segredo de justiça”...
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: alguém ainda duvida que a nossa “soberania” reside nos doadores?
luís nhachote
CM - 18.05.2017
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende: alguém ainda duvida que a nossa “soberania” reside nos doadores?
luís nhachote
CM - 18.05.2017
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