Motorista da viatura do bando evadiu-se no dia 24 de Outubro
Abdul Afonso Tembe, um dos três acusados de participação no assassinato do Procurador Marcelino Vilanculos, desapareceu misteriosamente das celas da Cadeia Central de Maputo, numa operação que cheira à uma tentativa de baralhar a investigação que deve culminar com o esclarecimento cabal das circunstâncias em que o magistrado foi barbaramente assassinado.
Segundo soube o mediaFAX de fonte próxima ao processo, Abdul Tembe, que no dia do assassinado de Marcelino Vilanculos (11 de Abril) conduzia a viatura que levava o resto da quadrilha assassina, desapareceu das celas na noite do dia do temporal (24 de Outubro) que se abateu sobre a cidade e província de Maputo.
O foragido, inicialmente estava detido nas celas do Comando da Cidade de Maputo (comparativamente tidas como seguras), mas, por suposta necessidade de preservar a sua integridade física de Abdul Tembe, este foi transferido, num processo nada consensual, para as celas da Cadeia Central de Maputo (tidas como menos seguras comparando com as da BO e do Comando da Cidade).
O que se diz é que o acusado vinha sendo ameaçado de morte por outros integrantes do bando assassino. Estava, supostamente, a ser coagido pelos comparsas e, não só, a alterar os pronunciamentos feitos na instrução preparatória, no âmbito da preparação da instrução contraditória.
A suspeita de a fuga ter sido preparada por um grupo alargado ganha corpo quando se sabe que os investigadores do processo ao nível da Polícia de Investigação Criminal da província de Maputo só foram informados da fuga de um dos reclusos na segunda-feira (28), quando, pela sensibilidade do assunto, devessem ter sido imediatamente colocados a par da fuga.
Os restantes co-réus do bando assassino, nomeadamente Amade António e José Aly Coutinho continuam encarcerados nas celas do Comando da Cidade.
São estes dois (e as ligações externas que o processo tem) que, segundo se diz, estavam a coagir ao fugitivo para alterar o teor dos pronunciamentos da instrução preparatória.
Aliás, a Procuradoria-Geral da República já tinha adiantado, aquando da acusação formal dos três detidos, que o assassinato de Marcelino Vilanculos tinha mais gente envolvida, daí que o processo investigativo visando responsabilizar também os outros integrantes do bando continuava em curso.
A direcção do estabelecimento penitenciário provincial de Maputo já confirmou a evasão do acusado, tendo prometido trabalhar no sentido de apurar as reais circunstâncias da fuga, particularmente no sentido de se saber quem facilitou a saída de Abdul Afonso Tembe das celas.
Por seu turno, o Comando da Polícia da República de Moçambique também se pronunciou sobre o assunto, tendo o porta-voz, Inácio Dina, assegurado que tudo seria feito no sentido de se garantir que o evadido seja devolvido ao local de onde nunca deveria ter saído. Nas cerimónias fúnebres, recorde-se, os parentes de Marcelino Vilanculos criticaram duramente o governo moçambicano pelo facto de não ter assegurado condições de segurança a um magistrado que tinha, em sua posse, diversos casos quentes, dos quais casos relacionados com raptos e exigência de resgates chorudos.
(Ilódio Bata e redacção)
MEDIAFAX – 02.11.2016
A suspeita de a fuga ter sido preparada por um grupo alargado ganha corpo quando se sabe que os investigadores do processo ao nível da Polícia de Investigação Criminal da província de Maputo só foram informados da fuga de um dos reclusos na segunda-feira (28), quando, pela sensibilidade do assunto, devessem ter sido imediatamente colocados a par da fuga.
Os restantes co-réus do bando assassino, nomeadamente Amade António e José Aly Coutinho continuam encarcerados nas celas do Comando da Cidade.
São estes dois (e as ligações externas que o processo tem) que, segundo se diz, estavam a coagir ao fugitivo para alterar o teor dos pronunciamentos da instrução preparatória.
Aliás, a Procuradoria-Geral da República já tinha adiantado, aquando da acusação formal dos três detidos, que o assassinato de Marcelino Vilanculos tinha mais gente envolvida, daí que o processo investigativo visando responsabilizar também os outros integrantes do bando continuava em curso.
A direcção do estabelecimento penitenciário provincial de Maputo já confirmou a evasão do acusado, tendo prometido trabalhar no sentido de apurar as reais circunstâncias da fuga, particularmente no sentido de se saber quem facilitou a saída de Abdul Afonso Tembe das celas.
Por seu turno, o Comando da Polícia da República de Moçambique também se pronunciou sobre o assunto, tendo o porta-voz, Inácio Dina, assegurado que tudo seria feito no sentido de se garantir que o evadido seja devolvido ao local de onde nunca deveria ter saído. Nas cerimónias fúnebres, recorde-se, os parentes de Marcelino Vilanculos criticaram duramente o governo moçambicano pelo facto de não ter assegurado condições de segurança a um magistrado que tinha, em sua posse, diversos casos quentes, dos quais casos relacionados com raptos e exigência de resgates chorudos.
(Ilódio Bata e redacção)
MEDIAFAX – 02.11.2016
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