"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

E agora, Senhor Presidente?


Listen to this post. Powered by iSpeech.org
do lado da evidência
A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que esteve em Maputo a semana passada deixou um recado cristalino: que só voltará a abrir os seus cordões à bolsa depois de uma auditoria às contas das empresas criadas com propósitos alegadamente soberanos e que criaram uma dívida ilegal.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, nas vésperas da viagem aos Estados Unidos da América, disse para quem o quis ouvir que o seu Governo nunca se tinha oposto a tal auditoria forense internacional. De seguida rumou para aquele país onde manteve encontros de alto nível, entre os quais com a mais alta responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) e com quadros do Banco Mundial (BM), manifestando a predisposição do seu Governo em esclarecer em que condições tais dívidas foram criadas.
Dias depois a missão do FMI “desaguou” no país e deixou clara a sua posição. Isto demonstra, por si só, que o Governo ainda não se encontrava preparado para que tal auditoria fosse levada a cabo.
O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse há dias que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se encontrava a terminar os Termos de Referência (TdR) para que tal auditoria seja realizada.
Já tínhamos dito neste espaço que o Senhor Presidente Nyusi, por altura da contracção dos empréstimos aos bancos VBT e Credit Suisse para compra de material bélico e de pesca, sem conhecimento da Assembleia da República e de todos outros moçambicanos, era ministro da Defesa, poderia em sede de defesa do seu pronunciamento ser o primeiro ouvido pelos peritos internacionais e nacionais.
Só Nyusi poderia explicar as razões que levaram o ministério então sob sua alçada a ter material bélico de valores elevados no topo das suas prioridades!
Porque, se a prioridade era desarmar a Renamo e neutralizar o seu líder, Afonso Dhlakama, esta missão parece ter falhado redondamente e o país se encontra mergulhado em guerra.
Com todos estes cenários e já que perguntar não ofende:
E agora, Senhor Presidente?
correio da manhã – 06.10.2016º
Luís Nhachote

Sem comentários:

Enviar um comentário