"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 4 de outubro de 2016

A nossa guerra é justa porque é uma guerra pela Paz


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Reflexão do Coronel Boby (3)
A Frelimo está a querer fazer tempo ou melhor dizendo *queimar tempo* enquanto aumenta o roubo do património de todos nós. Enquanto o poder lhe sai das mãos pretende ludibriar a Renamo com negociações infrutíferas julgando que pode ser deixada governar até 2019, já que para ela o crime compensa. Quando em Março de 1976 André Matsangaisa deu solenemente o primeiro tiro da liberdade que marcou o começo da luta armada do povo Moçambicano contra o colonialismo doméstico, estava seguro de que o regime do chicote e dos fuzilamentos públicos seria derrotado e de que o povo Moçambicano se manteria firme, valente, disposto a todos os sacrifícios para a vitória da sua luta de libertação real.
Assim aconteceu, de facto. A liberdade foi conseguida e conquistada num dia como hoje, do longínquo ano de 1992. É verdade que os opressores nunca quiseram a liberdade de muitos, por isso tudo fizeram para reprimir o povo. Hoje, como ontem, somos chamados a defender a liberdade e o nosso povo está a comportar-se na luta de uma maneira heroica: já vários heróis nascidos do povo regaram com o seu sangue o chão da sua pátria, para que Moçambique amanhã possa ser livre do opressor nativo. Já lá vão quatro anos.
A todos aqueles que neste momento combatem para que as nossas aspirações de Liberdade, de Igualdade e de Progresso possam ser realizadas, a todos eles, o Presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, em nome de todos os excluídos, marginalizados, brutalizados pela corja do mal encarnada na Frelimo, envia saudações revolucionárias e felicitações pelo seu comportamento revolucionário. E presto homenagem àqueles soldados que a mando da Frelimo que caíram no campo da luta, por um causa que desconhecem.
Nós, os comandos da Renamo, desejamos muita coragem a todos os militantes da RENAMO: eles podem estar certos de que a Vitória final será nossa, e de que o dia da Libertação já não está longe. Quando o rei dos esquadrões da morte, Alberto Chipande, colocou o sobrinho para a ponta Vermelha sem que este tenha ganho as eleições, fê-lo para que a tribo maconde se sentisse honrada por ter dado o seu melhor na expulsão do colonialismo português. Hoje, o inimigo está dentro e o sobrinho já não se sente seguro na Ponta Vermelha. Por isso está sempre a viajar a custa dos impostos do sacrificado povo moçambicano já que as ajudas de custo nestas excursões são para valer. Nunca se sabe quando é o que castelo cairá em definitivo porque os amigos de ontem, os machangane, não o olham com bons olhos! Mas isso é assunto deles!  
Nos momentos de fraqueza, de desânimo, de hesitação, nós devemos inspirarmo-nos na nossa História. O heroísmo dos Renamistas já vem de longe, é tradicional. Quando os frelimistas invadiram as propriedades alheias, algemaram inocentes, mandaram tantos para os campos de extermínio por eles instituídos para escravizarem o nosso povo e explorarem as riquezas da nossa terra, logo o povo se levantou em resistência contra o opressor. Só a custa das suas armas conseguiram os frelimistas dominar o nosso povo. Mas essa dominação era temporária, até quando os fundadores da RENAMO pegaram também eles em armas.
Ao longo da História de Moçambique são inúmeros os casos de resistência contra a Frelimo. Hoje, essa resistência é mais forte do que nunca, é organizada, tem uma direcção certa, bem estruturada - a RENAMO. Por outro lado, hoje não estamos sós, não estamos isolados na luta: há outros frelimistas que nos apoiam. A solidariedade nacional com a nossa luta e sempre crescente. Há generais poderosos dentro do exército cansados de tanto sangue que nos ajudam com armas e nos dizem os planos secretos dos maconde.
Isto, junto a nossa determinação firme de nos libertarmos, mais a justiça da nossa causa e a desmoralização do inimigo, e seu isolamento no plano nacional e internacional, são garantias da nossa vitória. Os resultados que alcançámos entre 2012 (quando a policia criou tumultos em plena cidade de Nampula)  a esta parte são muito importantes:
Liquidámos mais de 8.500 soldados da Frelimo; destruímos mais de 10 carros militares, paralisamos linhas férreas, pontes e estradas que eram utilizadas para planos maléficos contra o povo; impedimos que machimbombos civis fossem utilizados para transportarem esquadrões da morte, obrigamos a Frelimo a aceitação da mediação internacional, capturámos e libertámos alguns soldados da Frelimo e, porque não os necessitamos, mandamo-los embora. Em resultado, o inimigo está desmoralizado.
A RENAMO, prosseguindo a luta para a realização das aspirações do povo Moçambicano, está a criar, mesmo antes da vitória final, condições para que o povo, além de ser livre, viva muito melhor do que nas regiões ainda controladas pelos frelimistas. As condições ainda são difíceis para o nosso povo porque estamos ainda em guerra, mas a nossa luta cresce. As nossas vitórias sucedem-se. Em 2016, para ver se conseguiam vencer-nos, os frelimistas aumentaram os seus efectivos, mandaram de Maputo para Gorongosa milhares de soldados, aumentaram as despesas com a guerra, pediram auxílio aos outros países seus aliados. Apesar disso tudo, as forças Frelimistas continuam a sofrer derrotas, e as forças da RENAMO continuam a alcançar vitórias cada vez maiores. A Renamo não está apenas em Gorongosa, está em todo o país.
No plano internacional, A Frelimo está cada vez mais isolada. É exemplo disso a vinda ao país do FMI contra os que se consideram donos de Moçambique. Todas as forças populares estão ao nosso lado, e o apoio dos outros países a nossa luta é cada vez maior porque a Frelimo já não consegue enganar a ninguém .
O ano de 2016 assistiu a morte de alguns militantes da RENAMO pelos esquadrões da morte protegidos pela polícia. Que o seu exemplo seja um estímulo e encorajamento para todos os combatentes; que o exemplo dos nossos irmãos sirva aos que são fracos, aos que hesitam em pôr a sua vida ao serviço do seu povo.
Neste mês de Outubro o programa da RENAMO é desenvolver a luta, estender a luta armada ás outras províncias e consolidar as regiões já libertadas, se a Frelimo quiser brincar. Para que a luta progrida, é necessário reforçarmos a nossa unidade, consolidarmos a nossa organização, e estarmos sempre presentes em todos os momentos da luta como militantes dedicados, disciplinados, decididos, firmes.
A Unidade deve ser a nossa preocupação fundamental. Desde o começo da nossa luta o governo doméstico pretendeu sempre que a Renamo e o povo de Moçambique nunca se uniriam, que a Renamo não existe como tal, mas é só um conjunto de membros que estão sempre a lutar entre si. Os panfletos lançados pelos frelimistas através dos canais de comunicação que eles ainda controlam tentam incitar o povo contra a Frelimo mas não conseguem.
O Povo Moçambicano, através da sua acção, desmentiu já esta propaganda maliciosa. Milhares e milhares de pessoas de todas as tribos estão unidos em volta da bandeira da RENAMO.
A nossa luta é justa. Ela é parte da luta universal dos povos contra a exploração do homem pelo homem. A nossa luta é contra o monopartidarismo, a soberba, a corrupção, o clientelismo, o nepotismo, a arrogância, a opressão, o racismo e o tribalismo.
No começo mês nós devemos reafirmar a nossa vontade de lutar e vencer o colonialismo doméstico, para a nossa libertação total. Devemos continuar a luta armada, unidos, sem distinção tribal, religiosa ou racial, do norte para o sul, do Rovuma ao Maputo, todos contra o inimigo comum - o colonialismo doméstico. Neste mês, devemos marcar mais um passo na direcção da vitória que é nossa. LUTEMOS com a coragem tradicional e histórica que desde sempre caracterizou o nosso Partido. A nossa luta é justa. Esta é uma luta pela Paz.
VIVAM OS COMBATENTES DA RENAMO!
 Coronel Boby, Gorongosa, 04-10-2016

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