"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 27 de junho de 2019

Não temos capitalistas!




São muitos os frelimistas que não gostam da frontalidade de Luísa Diogo, a então primeira-ministra. Nós gostamos. E fazemos votos para ela continue assim. Na semana passada colocou o dedo na ferida, para o desespero de muitos lobistas que se intitulam de "empresários de sucesso". Temos, sim, indivíduos que brilham por via das ligações promíscuas com o Estado.

São indivíduos que entendem que os negócios têm a ver com o estar próximo da política. Não é preciso ser empreendedor. Conhecemos vários com pequenos escritórios outros só têm o registo da empresa e tudo funciona na pasta, mas intitulam-se de empresários. Até são esses os que frequentemente ganham todos os concursos públicos de adjudicação de qualquer coisa. São amigos do partido. Patrocinam o partido. Dividem os ganhos com os governantes.

É o caso da malta Silvestre Bila, Álvaro Massinga, da Sotux, Salimo Abdula (com ligações a Armando Guebuza), MBS (o barão de droga), família Sidat (escovas do partido no poder), John Kachamila, Jamu Hassan. Esses são só alguns nomes.

Se se perguntasse a muitos "empresários" filiados na CTA para mostrarem o endereço físico da sua empresa ou escritório, seria um desastre. A empresa funciona no "James Bond". E estes indivíduos movimentam muito dinheiro do lobby. Por exemplo, agora que vamos realizar eleições, vestir-se-ão com as camisetas e bonés do partido Frelimo e sairão a rua para fazer campanha. É assim como vivem. Não basta serem da Frelimo, têm que mostrar que o são. Contribuindo com dinheiro e com esforço para merecer que lhes seja adjudicado qualquer concurso público.

Nós, podemos não trazer nomes, mas sabemos quem financiava as frequentes viagens da mamã Maria da Luz. Uns vão perguntar por que tinham de financiar a mamã? Era a maneira mais fácil de chegarem ao papá, Armando Guebuza, e finalmente ao dinheiro. Aqui, os requisitos para se ser "empresário de sucesso", não é ter visão de negócio, ser empreendedor. É ser amigo do poder, ser parasita. Mamar até as tetas da vaca leiteira que é o Estado moçambicano caírem tipo sapatilhas. São esses os ditos "empresários".

E Luísa Diogo disse o que disse publicamente. Alguns torceram o nariz. Outros fingiram não ouvir nada. Os mais ousados até abandonaram a sala. Isto foi na 12ª Cimeira bienal Estados Unidos da América-África. Mandou bem!
 
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