Continua por renovar a actual trégua entre as forças armadas do Governo e da Renamo, que termina na sexta-feira, dia 05. Afonso Dhlakama faz depender a prorrogação da trégua à cedência do Governo em determinados pontos exigidos pela Renamo em sede negocial.
Algumas das exigências são antigas, como o recuo das forças governamentais da Serra da Gorongosa, ano passado declinado de forma veemente, mas que recentemente Filipe Nyusi mudou de ideias.
Duas posições do exército que faziam o cerco a Dhlakama e seus estrategas, na Serra da Gorongosa, abandonaram o local, ficando para a presente semana a conclusão da derradeira retirada da antiga base da Renamo, Mapenga Penga. Mapenga Penga, diz Nyusi, vai virar posto de monitoria conjunto às forças governamentais e da Renamo, durante o processo de pacificação.
Não faz muito tempo, entretanto, que Filipe Nyusi, a partir de Mafuiane, distrito de Namaacha, província de Maputo, prometeu para “brevemente” o anúncio, pela voz de Afonso Dhlakama, de consensos alcançados em sede negocial.
Em vez de o líder trazer à tona os prometidos consensos, os moçambicanos viram um Dhlakama ao ataque, exigindo mais cedências por parte do Governo, como a necessidade de as províncias terem autonomia financeira.
Recupera a experiência do pós-Roma para sustentar que basta isso de a Renamo fazer cumprir os acordos, enquanto o Governo se limita a afirmar que tudo terminou com a assinatura dos mesmos.
EXPRESSO – 03.05.2017
Sem comentários:
Enviar um comentário