Informações de fontes fidedignas ligadas indicam que há contradições entre os militares e políticos da frelimo. Os militares não escondem que já perderam o controlo da situação. Já não são capazes de enfrentar as formidáveis forças da renamo. Nas últimas grandes operações militares levadas a cabo durante o passado mês de Outubro em Ncondezi, Tambara, Inhaminga, Mangomonhe e Morrumbala resultaram num grande desastre, com mais de 350 mortos, várias dezenas de feridos graves, desercões em massa e grande perda de armas a favor das forças da renamo. Dos cerca de 800 homens lançados à luta, mais 75% foi posto fora de combate.
Neste momento as forças da frelimo apenas realizam "operações pilha-galinhas" nas populações, isto é, operações para roubar os animais, cereais e queimar celeiros e as casas das pobres populações rurais. Isto está a acontecer em todas províncias onde há conflito militar. Eles roubam e pilham abertamente, não o fazem as escondidas. São galinhas, patos, cabritos, porcos, milho, feijão, etc e depois de recolher tudo o que os interessa, põe fogo nos celeiros e nas palhotas. Um autêntico bando de selvagens.
Entretanto, tudo indica que alguma ala da frelimo prepara se para dar um golpe palaciano ao inepto Nyusi. De acordo com a nossa fonte bem colocada nos meios castrenses da frelimo, o comandante do ramo do exército, o major general Henriques Menete, muito provavelmente apoiado por uma facção contestatária da frelimo, tem opinado que o Nyusi deveria abandonar o poder e entrega-lo aos militares para estes gerirem a situação até às eleições de e 2019, porque segundo ele, o Nyusi não está a conseguir governar e está a afundar o país.
O Menete tem vindo a falar abertamente disso com grupinhos de altas patentes das FADM e FIR. O Menete fala isso com naturalidade e em locais públicos, sem secretismo. Não se sabe se o Nyusi tem ou não conhecimento desta questão ou é a "iniciativa" do próprio Menete na qualidade de comandante do exército porque realmente este está empenhado a convencer os seus a aderirem a esta ideia. Agora o Menete tem propalado entre os seus colegas que durante o mês de Novembro vai concentrar 12 helicópteros e muitos efectivos no quartel de Chimoio para lançar uma ofensiva de grande envergadura contra a renamo mas ele fala disso mesmo sabendo que já não tem efectivos suficientes para desencadear grandes ofensivas e nem tem os tais 12 helicópteros que anda a propalar repetidamente.
Tudo indica que este Menete perdeu o controlo das forças armadas e deve ter enganado aos "donos" da frelimo que com helicópteros de ataque pode finalmente derrotar a renamo mas ele devia lembrar se que durante a guerra dos meus 16 anos a frelimo tinha dezenas de poderosos helicópteros de ataque russos, Migs e Antonovs, assim como as tropas zimbabweanos que muitas vezes punham no ar para uma missão 8 helicópteros de uma só vez mas nem com isso conseguiram vencer no terreno.
De acordo ainda com a fonte que temos estado a citar, a frelimo não está interessada na resolução pacífica do diferendo que tem com a renamo, o diálogo de Maputo é apenas para ganhar tempo até as próximas eleições. A frelimo prefere manter o conflito armado e prolongar as negociações até as vésperas das eleições de 2019 para obrigar a renamo aceitar as eleições sem estar preparada e com as leis existentes, sem nenhuma descentralizacao da administração do estado e numa altura em que todo no seu eleitorado perdeu a confiança e está aterrorizada devido a acção tenebrosa dos esquadrões da morte. Esta é a estratégia engendrada pela frelimo mas isto não vai acontecer.
De fontes militares da renamo soubemos depois da fracassada tentativa para emboscar Dhlakama e os mediadores, os generais da renamo estão a pressionar fortemente ao seu comandante-em-chefe para iniciar com as operações de assalto e ocupação de todas as cidades das regiões centro e norte, ao invés de se perder tempo com as brincadeiras da frelimo. Tudo indica que desta vez Dhlakama terá sérias dificuldades para acalmar os seus homens porque a frelimo ultrapassou todos os limites.
A procissão ainda vai no adro.
Unay Cambuma
EY: Ninguém quer a guerra porque já tivemos experiência disso e estamos a viver agora. Mas entre aguentar a criminalidade e terrorismo da Frelimo e a Guerra, o melhor é a Renamo lançar uma ofensiva vassoura duma vez por todas. Já basta com as brincadeiras da Frelimo, alguém deve dar um basta e afastar a Frelimo...
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