Nelito Da Mara BT
31/10 às 12:25
Meus companheiros, sou moçambicano nascido e criado dentro desta nação, não sou pertencente a nenhum partido político nem a nenhum movimento.
Já vi aqui cartas endereçadas ao presidente da república, a Afonso Dhlakama e outros, mas eu escrevo pra você, escritório, bancário, empresário, diretor, vendedor ambulante, mamana do mercado, chapeiro, vendedora de sexo, camponês, camionista, polidor de carro, polidor de sapatos, varredor de rua, empregada domestica, guarda e por aí em diante. O motivo da minha carta é simples. Nós (povo) temos vindo a ser roubados, humilhados, espezinhados, desrespeitados pelo governo. Exemplo disso é atual situação económico-financeira e a tensão político-militar (guerra) em que o país se encontra mergulhado. Vale lembrar que a miséria em que o país se encontra deve-se a:
Desvios de vários milhões de dólares em nome de aquisição de material bélico para proteção da soberania.
Desvio de vários milhões de dólares em nome de investimento em barcos para a pesca do atum
Saques de vários milhões de dólares retirados das empresas públicas, nomeadamente a EDM, TDM, MCEL, LAM…
Corrupção ao mais alto nível
Juros sobre empréstimos bancários altíssimos e insustentáveis.
Contratos de fornecimento de combustíveis ao país firmados de forma fraudulenta para enriquecer alguns dirigentes
O resultado de tudo isso é o alto custo de vida, e quem sente na pele somos nós (povo), que:
Já não conseguimos comprar comida pra nossas famílias
Que andamos numa total e completa insegurança nos my love porque não há um sistema de transporte digno.
Que não conseguimos mais comprar combustível para os nossos carros de segunda ou terceira mão do japão (que pagamos altas taxas aduaneiras pra carros que são lixo).
Que não conseguimos mais comprar Credelec pra as nossas casas.
Que somos assaltados dia e noite porque não há policialmente nos bairros nem iluminação pública.
Que não temos água nas nossas torneiras.
Que não podemos ficar doentes porque os hospitais não tem Credelec nem comida para os doentes.
Que não temos subsídio nem 13º salário porque o estado não tem dinheiro, mas no entanto, o salário dos deputados sobe no mesmo momento que cortam as subsídio e horas extras dos funcionários públicos.
Que não podemos viajar em todo território nacional porque existe uma guerra que está sendo promovida para satisfazer interesses obscuros e como forma de enriquecimento para os que a promovem.
Que pagamos mais caros (juros) pelos empréstimos contraídos nos bancos comerciais porque o Banco de Moçambique aumentou a taxa de juros.
Que perdemos empregos porque as empresas estão a falir.
Que o negocio já não anda porque não há dinheiro na praça
São essas e outras situações que me motivam a escrever essa carta. E com a mesma (carta) quero pedir e apelar a todo o povo moçambicano do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Indico para exigirmos:
A devolução de todos milhões de dólares desviados dos cofres do Estado, para que sejam canalizados na construção e apetrechamento de escolas, hospitais, aquisição de machibombos para o transporte público de passageiros, vias de acesso (estradas, pontes e vias férreas), melhoria das condições salariais dos enfermeiros, médicos, professores, polícias e outros funcionários do Estado.
Exigimos a responsabilização imediata dos que saquearam os cofres do Estado
O fim da corrupção a todos os níveis
A redução imediata das taxas de juros e o preço dos combustíveis.
A recuperação imediata (sem fusão) de todas as empresas públicas.
Investimento imediato na agricultura industrial (chega de discurso de “vamos aumentar a produção e produtividade), queremos ações concretas à escala nacional.
Exigimos meritocracia (comprovada) na indicação dos dirigentes para cargos públicos.
Exigimos o fim imediato de todas e quaisquer ações militares no país.
Vale lembrar meus compatriotas, esse país é nosso, nós somos o poder, quem elegeu esses dirigentes fomos nós e pagamos com o nosso trabalho as mordomias que eles tem e ainda assim nos humilham como se fossemos estrangeiros no nosso próprio país, nós temos poder de os tirar de lá, portanto, vamos fazer valer esse poder.
APELO A TODO POVO MOÇAMBICANO PARA QUE DO DIA 31 DE OUTUBRO ATÉ AO DIA 04 DE NOVEMBRO TODOS FIQUEMOS NAS NOSSAS CASAS, COMO FORMA DE MANISFESTARMOS A NOSSA INDIGNAÇÃO E EXIGIRMOS A TOMADA DE MEDIDAS E RESOLUÇÃO IMEDIATA DE TODOS PROBLEMAS COLOCADOS NESTA CARTA.
NOTA: NÃO É PARA SAIR A RUA, VAMOS PARAR O PAÍS EM SILÊNCIO E SEM DISORDEM, ESTARÃO ENCERRADOS TODOS AS ESCOLAS, O COMERCIO, AS EMPRESAS, NÃO HAVERÁ TRANSPORTE, PORTANTO, PERMANEÇAMOS DENTRO AS NOSSAS RESIDÊNCIAS
PASSE A PALAVRA
“SEM SACRIFICO NÃO HÁ REVOLUÇÃO” POVO NO PODER
31/10 às 12:25
Meus companheiros, sou moçambicano nascido e criado dentro desta nação, não sou pertencente a nenhum partido político nem a nenhum movimento.
Já vi aqui cartas endereçadas ao presidente da república, a Afonso Dhlakama e outros, mas eu escrevo pra você, escritório, bancário, empresário, diretor, vendedor ambulante, mamana do mercado, chapeiro, vendedora de sexo, camponês, camionista, polidor de carro, polidor de sapatos, varredor de rua, empregada domestica, guarda e por aí em diante. O motivo da minha carta é simples. Nós (povo) temos vindo a ser roubados, humilhados, espezinhados, desrespeitados pelo governo. Exemplo disso é atual situação económico-financeira e a tensão político-militar (guerra) em que o país se encontra mergulhado. Vale lembrar que a miséria em que o país se encontra deve-se a:
Desvios de vários milhões de dólares em nome de aquisição de material bélico para proteção da soberania.
Desvio de vários milhões de dólares em nome de investimento em barcos para a pesca do atum
Saques de vários milhões de dólares retirados das empresas públicas, nomeadamente a EDM, TDM, MCEL, LAM…
Corrupção ao mais alto nível
Juros sobre empréstimos bancários altíssimos e insustentáveis.
Contratos de fornecimento de combustíveis ao país firmados de forma fraudulenta para enriquecer alguns dirigentes
O resultado de tudo isso é o alto custo de vida, e quem sente na pele somos nós (povo), que:
Já não conseguimos comprar comida pra nossas famílias
Que andamos numa total e completa insegurança nos my love porque não há um sistema de transporte digno.
Que não conseguimos mais comprar combustível para os nossos carros de segunda ou terceira mão do japão (que pagamos altas taxas aduaneiras pra carros que são lixo).
Que não conseguimos mais comprar Credelec pra as nossas casas.
Que somos assaltados dia e noite porque não há policialmente nos bairros nem iluminação pública.
Que não temos água nas nossas torneiras.
Que não podemos ficar doentes porque os hospitais não tem Credelec nem comida para os doentes.
Que não temos subsídio nem 13º salário porque o estado não tem dinheiro, mas no entanto, o salário dos deputados sobe no mesmo momento que cortam as subsídio e horas extras dos funcionários públicos.
Que não podemos viajar em todo território nacional porque existe uma guerra que está sendo promovida para satisfazer interesses obscuros e como forma de enriquecimento para os que a promovem.
Que pagamos mais caros (juros) pelos empréstimos contraídos nos bancos comerciais porque o Banco de Moçambique aumentou a taxa de juros.
Que perdemos empregos porque as empresas estão a falir.
Que o negocio já não anda porque não há dinheiro na praça
São essas e outras situações que me motivam a escrever essa carta. E com a mesma (carta) quero pedir e apelar a todo o povo moçambicano do Rovuma ao Maputo, do Zumbo ao Indico para exigirmos:
A devolução de todos milhões de dólares desviados dos cofres do Estado, para que sejam canalizados na construção e apetrechamento de escolas, hospitais, aquisição de machibombos para o transporte público de passageiros, vias de acesso (estradas, pontes e vias férreas), melhoria das condições salariais dos enfermeiros, médicos, professores, polícias e outros funcionários do Estado.
Exigimos a responsabilização imediata dos que saquearam os cofres do Estado
O fim da corrupção a todos os níveis
A redução imediata das taxas de juros e o preço dos combustíveis.
A recuperação imediata (sem fusão) de todas as empresas públicas.
Investimento imediato na agricultura industrial (chega de discurso de “vamos aumentar a produção e produtividade), queremos ações concretas à escala nacional.
Exigimos meritocracia (comprovada) na indicação dos dirigentes para cargos públicos.
Exigimos o fim imediato de todas e quaisquer ações militares no país.
Vale lembrar meus compatriotas, esse país é nosso, nós somos o poder, quem elegeu esses dirigentes fomos nós e pagamos com o nosso trabalho as mordomias que eles tem e ainda assim nos humilham como se fossemos estrangeiros no nosso próprio país, nós temos poder de os tirar de lá, portanto, vamos fazer valer esse poder.
APELO A TODO POVO MOÇAMBICANO PARA QUE DO DIA 31 DE OUTUBRO ATÉ AO DIA 04 DE NOVEMBRO TODOS FIQUEMOS NAS NOSSAS CASAS, COMO FORMA DE MANISFESTARMOS A NOSSA INDIGNAÇÃO E EXIGIRMOS A TOMADA DE MEDIDAS E RESOLUÇÃO IMEDIATA DE TODOS PROBLEMAS COLOCADOS NESTA CARTA.
NOTA: NÃO É PARA SAIR A RUA, VAMOS PARAR O PAÍS EM SILÊNCIO E SEM DISORDEM, ESTARÃO ENCERRADOS TODOS AS ESCOLAS, O COMERCIO, AS EMPRESAS, NÃO HAVERÁ TRANSPORTE, PORTANTO, PERMANEÇAMOS DENTRO AS NOSSAS RESIDÊNCIAS
PASSE A PALAVRA
“SEM SACRIFICO NÃO HÁ REVOLUÇÃO” POVO NO PODER
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