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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Camponeses questionam fim da distribuição de sementes


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Agricultura_tradicionalO Governo da província moçambicana de Nampula vai deixar de distribuir sementes aos camponeses para estimular o sector privado a expandir a rede comercial para as zonas rurais.
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Na generalidade, a agricultura é do tipo familiar, praticada maioritariamente pelas famílias rurais de baixo poder de compra que ainda carecem do apoio do Governo.
Entre as famílias que praticam a agricultura, o número que usa sementes melhoradas é ainda reduzido.
A ideia do Governo em deixar de distribuir insumos agrícolas surge numa altura em que o sector agrícola e a segurança alimentar continuam a enfrentar muitos desafios no que respeita ao uso de sementes melhoradas e tecnologias usadas para aumentar a produção e a produtividade agrícola.
O director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar em Nampula, Pedro Dzucule, diz que se o Governo continuar no negócio de insumos agrícolas estará a competir com o sector privado, o que, afirma, não é bom numa economia de mercado.
Para Dzucule, o Governo só poderá distribuir sementes em casos de emergência e às pessoas sem possibilidades para as obter nas lojas.
Sem avançar números, diz que já foi feito o mapeamento das familias com baixo poder de compra para beneficiarem da ajuda do Governo.
Neste momento, continua Dzucule, o Executivo está a reforçar o seu relacionamento com o sector privado para que as empresas viradas ao agronegócio se instalem cada vez mais nos distritos.
Uma das recomendações do Governo é que 60 por cento do Fundo de Desenvolvimento Distrital seja para os agronegócios com maior enfoque na venda de insumos agricolas.
Alguns camponeses em Nampula estão insatisfeitos com a ideia e acreditam que, com o aumento constante dos preços, poderão enfrentar dificuldades na aquisição de sementes, correndo um maior risco de produzir pouco ou mesmo não produzir.
No dia 28 de Outubro ,foi lancada a campanha agrícola nacional 2016-2017, com as atenções viradas na produção de mais comida para a garantia da segurança alimentar e nutricional das populações e a produção de culturas de rendimento para as exportações com o objectivo de garantir a entrada de divisas no país.
VOA – 01.11.2016

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