13/06/2019
Em causa, a revelação presidencial segundo a qual, guerrilheiros da Renamo condicionam a livre circulação de pessoas e bens em Báruè e Moatize. José Manteigas não só nega, como exige provas que sustentem as denúncias públicas do presidente da República, em comício popular. O histórico destas organizações em período eleitoral é recheado deste tipo de brincadeirinhas de desestabilização, onde tudo vale em prol de um votinho.
Valendo-se do facto de os moçambicanos estarem há muito fartos do cheiro à pólvora, as hostes frelimistas não hesitam em incluir na sua agenda propagandística iniciativas que manchem a imagem do adversário político, em muitos casos baseadas em inverdades. Inverdades que não são à toa, diga-se em boa verdade.
É que para uma mentira ganhar o rótulo de verdadeira junto do eleitorado, precisa ser inspirada na…verdade. E a verdade é que a Renamo mantém a sua ala militar intacta, enquanto aguarda por uma solução negociada que leve ao prometido acordo definitivo e efectivo de paz.
O prazo para o tal acordo é agosto, antes da campanha eleitoral para as eleições de 15 de outubro. Segundo a agenda publicitada, agosto é o limite. Até lá, entretanto, incontáveis obstáculos. Danem-se Nyusi e Momade, julgando que esta ponta final vai ser de ‘canja’…
Pudera! Desde logo, porque Ossufo Momade está setiado na Serra da Gorongosa. As chefias da guerrilha temem que o homem, uma vez em Maputo, por cá se fixe e não regresse à Serra, onde ainda tem muita ‘maka’ por resolver.
Do outro lado da barricada, entretanto, a tradicional hesitação em dar o SIM à velha exigência de a secreta estatal ter lá integrados os espiões da Renamo. Afonso Dhlakama morreu com esta cláusula por sí renovada publicamente, pela necessidade de as hostes se sentirem seguras, não fosse a secreta solução para os ataques pós-eleitorais.
Nada fácil, portanto.
Na Renamo reside um outro assunto não menos problemático. É que os parentes de Josefa Isaías de Sousa, na Beira, recuaram no último momento da denúncia pública contra a privação das liberdades do coronel, que afinal é general, comandante da contra-inteligência, detido dia seguinte depois do encontro Nyusi-Momade.
Valendo-se do facto de os moçambicanos estarem há muito fartos do cheiro à pólvora, as hostes frelimistas não hesitam em incluir na sua agenda propagandística iniciativas que manchem a imagem do adversário político, em muitos casos baseadas em inverdades. Inverdades que não são à toa, diga-se em boa verdade.
É que para uma mentira ganhar o rótulo de verdadeira junto do eleitorado, precisa ser inspirada na…verdade. E a verdade é que a Renamo mantém a sua ala militar intacta, enquanto aguarda por uma solução negociada que leve ao prometido acordo definitivo e efectivo de paz.
O prazo para o tal acordo é agosto, antes da campanha eleitoral para as eleições de 15 de outubro. Segundo a agenda publicitada, agosto é o limite. Até lá, entretanto, incontáveis obstáculos. Danem-se Nyusi e Momade, julgando que esta ponta final vai ser de ‘canja’…
Pudera! Desde logo, porque Ossufo Momade está setiado na Serra da Gorongosa. As chefias da guerrilha temem que o homem, uma vez em Maputo, por cá se fixe e não regresse à Serra, onde ainda tem muita ‘maka’ por resolver.
Do outro lado da barricada, entretanto, a tradicional hesitação em dar o SIM à velha exigência de a secreta estatal ter lá integrados os espiões da Renamo. Afonso Dhlakama morreu com esta cláusula por sí renovada publicamente, pela necessidade de as hostes se sentirem seguras, não fosse a secreta solução para os ataques pós-eleitorais.
Nada fácil, portanto.
Na Renamo reside um outro assunto não menos problemático. É que os parentes de Josefa Isaías de Sousa, na Beira, recuaram no último momento da denúncia pública contra a privação das liberdades do coronel, que afinal é general, comandante da contra-inteligência, detido dia seguinte depois do encontro Nyusi-Momade.
Momade se deixou manipular ao extremo de agir contra os seus próprios homens, com base em informação não verdadeira. As hostes se insurgem. Convém condicionar o adversário político em ano eleitoral. Estratégia que se repete eleição após eleição. Tal e qual.
EXPRESSO – 13.06.2019
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