16/05/2019
O candidato do MDM apela ainda o desarmamento da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o maior partido da oposição, e pede à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) para não usar as forças de defesa e segurança para "beliscar o país" após as eleições. Pede ainda que Moçambique seja um Estado de direito onde a democracia é um bem comum.
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"Os partidos políticos não abusem o poder para exercer essa força armada, os partidos políticos também fora do poder não usem este poder [a força armada] para qualquer tipo de instabilidade ou forçar as suas intenções. O que nos queremos é que o Estado moçambicano seja livre desse procedimento", diz.
Confiança e desenvolvimento
Para Daviz Simango, é fundamental resgatar a confiança do país a nível internacional. O candidato do MDM pede, por isso, uma melhor avaliação das contas do Estado moçambicano. E defende a criação de um tribunal de contas para "garantir que a má gestão das contas do Estado seja julgada e condenada, para que no futuro se crie uma disciplina de gestão das contas do Estado".
Para galvanizar o desenvolvimento económico do país, o candidato do MDM defende que a exploração de recursos naturais tem de ser sustentável, de modo a trazer benefícios diretos para as comunidades locais.
Segundo Simango, não se pode permitir que os megaprojetos no setor mineral não beneficiem as comunidades. "Não podemos permitir que os recursos naturais sejam explorados sem que as áreas onde esses recursos naturais são extraídos não encontrem benefícios", afirma o líder do MDM, acrescentando que há "exemplos concretos da exploração de minas em Tete, onde foi explorado o carvão, as populações locais vivem hoje em agonia porque o custo de vida subiu extremamente".
A emancipação e empoderamento da mulher é também um desafio para a governação do Movimento Democrático de Moçambique. "A falta de equilíbrio de género em vários postos de trabalho e oportunidades políticas as mulheres devem continuar a influenciar politicamente de modo que os seus direitos sejam respeitados", diz Daviz Simango.
DW – 15.05.2019
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