18/05/2019
O Presidente da República diz não haver condições para a incorporação dos homens Renamo nas fileiras da PRM, no âmbito do processo de desmilitarização e reintegração em curso no país.
Filipe Nyusi justiça o facto dizendo que a lista dos elementos da Renamo entregue ao governo é composta por homens já na reserva, reformados ou desmobilizados.
O Chefe de Estado afirma que o governo não pode incluir homens que já estão na reserva, reformados ou desmobilizados, em detrimento dos que ainda se encontram nas fileiras da Renamo.
“Compatriotas, queremos partilhar, com todos os oficiais, sargentos e guardas da PRM, que recebemos a lista dos elementos da Renamo que devem ser incorporados na fileiras da PRM, como núcleo inicial. Nós, o governo, não temos a moral suficiente para incluir os homens, já na reserva, e outros na reforma ou desmobilizados, em detrimento daqueles que se encontram ainda nas fileiras da Renamo, aqueles pelo qual o diálogo com o falecido Dhlakama visava abranger. Os que fazem parte da lista já estiveram nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Uns passaram à reserva, com subsídios de integração atribuidos e ou auferem salários ou pensões, como outros seus colegas que são da proveniência das fileiras do governo. Integrar essa lista significava, por exemplo, integrar o Tenente-general Mateus Ngonhama, integrar o Major-general Emílio Morais, significava, por exemplo, aquis, na corporação policial, integrar o Inspector-geral Pascoal Ronda, ou Inspector-geral Miguel dos Santos. Vamos dar oportunidade a mais outros jovens ou cidadãos para dar a sua contribuição, para a defesa de Moçambique” – explicou o Presidente da República.
Filipe Nyusi reafirmou, na ocasião, que não obstante este impasse, o governo continua comprometido com o processo de desmilitarização e reintegração dos homens residuais da Renamo.
“E através do grupo de contacto, já solicitamos para que seja apelada a seriedade deste processo. Mais uma vez, apelamos para que quem não está participa no diálogo, deve abster-se de comentar o que não é do seu domínio, para não confundir os moçambicanos, incluindo os guerrilheiros da Renamo que aguardam com esperança e espectativa o desfecho do processo de desarmamento, desmobilização e a sua reintegração na sociedade.
O Presidente da República falava este sábado na Academia de Ciências Policiais, em Michafutene, no distrito de Marracuene, província de Maputo, na cerimónia de graduação de cento e vinte oficiais em ciências policiais.
É uma cerimónia de graduação que acontece num momento em que a academia de ciências Policiais, uma instituição de ensino Superior, Completa Vinte anos da sua criação.
Filipe Nyui disse que os vinte anos da Acipol, devem ser transformados em momentos de reflexão para o reforço da segurança nas comunidades.(RM)
RM – 18.05.2019
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