"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 27 de julho de 2018

Venâncio Mondlane e o seu novo percurso político

“Sou ameaçado de morte” -O meu pai foi perseguido e sofreu um acidente vascular-cerebral por causa das minhas convicções.


(Maputo) Aos 44 anos de idade, Venâncio Mondlane foi apresentado como cabeça-de-lista da Renamo para a autarquia de Maputo nas eleições de 10 de Outubro. Mondlane concorre pelo principal partido da oposição, depois de, em 2013, ter disputado o lugar pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perdendo para David Simango da Frelimo. Na entrevista concedida ao SAVANA, nesta segunda-feira, o político, que também é líder religioso, assume-se como defensor das causas dos oprimidos. Declara que foi ao serviço desse ideal que, em 2013, abraçou o projecto político do MDM, mas, cinco anos depois, mostra-se um homem desiludido. Venâncio Mondlane diz que a sua maneira de ser e estar na vida tem-lhe valido amargos de boca. “Tenho recebido várias ameaças, incluindo de morte. Mas estou a vontade, porque sei que Deus é grande. Até o meu anterior chefe da bancada no parlamento disse-me que iria acabar como Che Guevara” Diz que antes de “bater com a porta”, passou por vários dissabores, mas resistiu
Venâncio Mondlane e o seu novo percurso político “Sou ameaçado de morte” -O meu pai foi perseguido e sofreu um acidente vascular-cerebral por causa das minhas convicções. na esperança de que dias melhores viriam. Entende que a direcção do MDM temia a sua ascensão política, porque podia ensombrar o centro do poder, sedeado na Beira. Venâncio Mondlane declara, sem rodeios, que Daviz Simango nunca foi um exemplo e aponta o falecido líder da Renamo Afonso Dhlakama como sua referência política. Para o político, o MDM está no momento mais baixo da sua curta história, a Frelimo terá os resultados mais baixos de todos tempos e Renamo vai “limpar” Maputo.
Na entrevista, que pode ser lida na íntegra no semanário SAVANA desta sexta-feira, Venâncio Mondlane disse que o primeiro contacto físico com Afonso Dhlakama aconteceu em Novembro doano passado e o segundo teve lugar no fim do primeiro trimestre deste ano. O pivot do encontro foi o antigo porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga. Entretanto, já muito antes tinha havido contactos telefónicos. Não falou de contrapartidas no sentido específico, mas aceitou que uma das promessas que ficou assente na conversa e acordo que assumiu com o falecido líder da Renamo tem a ver com o facto de, na impossibilidade de vencer a cidade de Maputo, constar numa posição privilegiada para deputado da Assembleia da República, pela Renamo, isto nas gerais de 2019.(R

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