sábado, 28 de julho de 2018
28 de Julho 20h28 - 21 Visitas
O Presidente da República, Filipe Nyusi, e o coordenador da Comissão Política da Renamo, Ossufo Momade, fecharam um acordo sobre a integração dos homens da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), no passado dia 11 deste mês.
Na ocasião, os dois dirigentes falaram de como haveria de decorrer o processo, tendo sido acordado que a Renamo deveria entregar uma lista com os nomes dos homens que devem ser integrados nas diferentes frentes das FADM.
Este sábado, a Renamo, através da presidente da Liga Nacional do partido, Maria Inês, disse estar à espera da reintegração dos seus homens que foram afastados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique nos últimos tempos para entregar a lista dos seus homens residuais ao Governo no âmbito do processo de desmilitarização.
Maria Inês revelou que o seu partido já tem a lista contendo os nomes dos seus homens residuais pronta; contudo só vai entregar depois que se cumprir a exigência acima referida.
“A posição da Renamo é que o diálogo deve correr nos mesmos moldes em que o presidente Dhlakama dirigiu. O nosso coordenador disse que nós estamos prontos, desde que se sigam os trâmites que foram desenhados antes, que é de reintegrar primeiro os homens que já estavam lá dentro”, determinou.
Recorde-se que o prazo acordado para a entrega da lista da Renamo foi de 10 dias.
recorde-se
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General da Renamo prova com listas a “discriminação” nas Forças Armadas.
09/12/2012
“A discriminação continua e está já a assumir proporções graves”, diz Hermínio Morais, General “Bob”, chefe da Delegação da Renamo na Formação das FADM, que acrescenta: “A Renamo nunca irá tolerar que a Frelimo continue a brincar connosco. Não vamos permitir! Por isso estamos a querer falar com o Governo para dar oportunidade a que haja urgentemente uma solução.”
Fernando Veloso
A “discriminação” dos cidadãos militares que integraram as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) provenientes do ex-exército de guerrilheiros da Renamo, aquando da formação do exército único nacional, “continua e está já a assumir proporções graves”, refere o general Hermínio Morais, que chefiou a delegação da Renamo na Comissão Conjunta para a Formação das FADM (CCFADM).
“Para dar ideia da dimensão do problema” o General Bob – nome por que era conhecido durante a Guerra Civil – forneceu ao Canal de Moçambique listas detalhadas do antes e agora, com nomes de militares de ambos os lados que fundaram a cúpula das FADM. Das listas constam nomes de militares das FADM integrados pelo exército governamental (ex-FAM-FPLM) do período de partido único, bem como do ex-exército de guerrilha da Renamo.
“A maior evidência é que, neste momento, depois de 20 anos de FADM, de 31 oficiais superiores e generais nas FADM, 27 são originários da Frelimo e apenas 4 da Renamo”, refere Hermínio Morais. “Isto é no mínimo violação dos acordos estabelecidos em Roma, que preconizam 50% de cada lado das FADM. Eu participei da implementação do Acordo para a criação das FADM, eu próprio chefiei a delegação da Renamo no que respeita à formação das FADM em que tive como contraparte o General Tobias Joaquim Dai em representação do Governo”, e para “provar a dimensão da acção em curso, aqui vos deixo estas listas todas.”
“Todos os factos, com todos os nomes dos nossos homens que foram integrados nas FADM e agora estão excluídos às centenas, fica um indício muito forte de que a Frelimo está a preparar-se para exterminar a Renamo”, afirmou o general Morais falando em exclusivo ao Canal de Moçambique na última segunda-feira.
Segundo Hermínio Morais, “a Renamo nunca irá tolerar que a Frelimo continue a brincar connosco”.
“Não vamos permitir!
Por isso estamos a querer falar com o Governo para dar oportunidade a que haja urgentemente uma solução”, observa Hermínio Morais entregando-nos, entre várias listas, uma cópia da directiva que formalizou a nomeação de oficiais superiores e generais das FADM e uma outra que mostra a preponderância absoluta de militares provenientes do exército da FRELIMO relativamente aos que provieram do exército da Renamo, hoje nas FADM.
Formam hoje o elenco de oficiais superiores das FADM 27 oficiais superiores e generais originários do exército da Frelimo (FAM-FPLM) e apenas 4 da guerrilha da Renamo.
O documento da formação das FADM foi assinado tendo em conta a equidade de moçambicanos provenientes dos dois ex-exércitos: FPLM e da Renamo, respectivamente. Foi assinado por Tobias Dai, chefe da delegação do governo; por Hermínio Morais, chefe da delegação da Renamo; e pelo presidente da Comissão Conjunta para a Formação das FADM (CCFADM), Behrooz Sadry. Está ratificado/assinado pela Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) do Acordo Geral de Paz, presidida pelo italiano Aldo Ajello, e formada por Armando Emílio Guebuza, chefe da Delegação do Governo, e Raul Domingos, chefe da Delegação da Renamo
Nomeação de oficiais superiores e generais das FADM
“Nos termos das competências que lhe são atribuídas pelo nr.I, iii, 2 alínea 7 do Acordo Geral de Paz conjugado com o nr.II, 2 da Directiva nr.2/ FADM, a Comissão Conjunta para a Formação das Forças armadas de Defesa de Moçambique propõe a nomeação para os órgãos das FADM os oficiais que a seguir se indicam:
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