25/07/2018
Vai iniciar-se em Setembro deste ano a construção da plataforma flutuante que vai extrair gás natural na Área “4” da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado. “O corte de aço para o casco está decidido para Setembro”, disse ao portal “Upstream”, citada pela agência Lusa, uma fonte da construtora naval sul-coreana “Samsung Heavy Industries”, que vai construir a plataforma.
As negociações entre o Governo e os credores das dívidas ocultas sugerem que o Governo de Moçambique pretende usar o dinheiro do gás para o pagamento da dívida.
Vários economistas nacionais, como é o caso de João Mosca, consideram que o Governo quer mesmo pagar as dívidas usando o valor do gás. O Governo reuniu com os credores nos dias 20 e 21 de Março, em Londres.
O que Adriano Maleiane e a sua equipa foram pedir, em Londres, é que os credores perdoem 50% da dívidaatrasada, ou seja, 318 dos 636 milhões de dólares de dívida que já devia ter sido paga. O Governo quer também o perdão nas penalizações e alterações às taxas de juro e à maturidade da emissão de dívida, cujo prazo inicial terminava em 2020, mas, no final de 2016, foi alargado para 2023.
As linhas de reestruturação apresentadas aos credores consistem em “um cupão e taxas de juro muito baixas até 2023, uma taxa de juro ou cupão para além de 2023 em níveis moderados para lidar com os constrangimentos no serviço da dívida, um ‘haircut’ nos juros passados e capitalização do saldo, limitadas amortizações até 2028 e oferta de pagamentos em moeda local aos detentores nacionais da dívida”.
O Governo quer que a maturidade seja alargada em oito, 12 ou 16 anos. Nesta última modalidade, será pago duas vezes por ano um cupão de 2% até ao quinto ano e depois um de 3% entre o quintoe o décimo ano, que sobe para 6% a partir desse ano.
Em termos práticos, pretende-se suavizar as prestações da dívida nos próximos anos, aceitando pagar mais no final do período. Para esta operação, o Governo quer contar com as receitas provenientes da exploração do gás. Neste momento, o Governo moçambicano não está a pagar.
As negociações entre o Governo e os credores das dívidas ocultas sugerem que o Governo de Moçambique pretende usar o dinheiro do gás para o pagamento da dívida.
Vários economistas nacionais, como é o caso de João Mosca, consideram que o Governo quer mesmo pagar as dívidas usando o valor do gás. O Governo reuniu com os credores nos dias 20 e 21 de Março, em Londres.
O que Adriano Maleiane e a sua equipa foram pedir, em Londres, é que os credores perdoem 50% da dívidaatrasada, ou seja, 318 dos 636 milhões de dólares de dívida que já devia ter sido paga. O Governo quer também o perdão nas penalizações e alterações às taxas de juro e à maturidade da emissão de dívida, cujo prazo inicial terminava em 2020, mas, no final de 2016, foi alargado para 2023.
As linhas de reestruturação apresentadas aos credores consistem em “um cupão e taxas de juro muito baixas até 2023, uma taxa de juro ou cupão para além de 2023 em níveis moderados para lidar com os constrangimentos no serviço da dívida, um ‘haircut’ nos juros passados e capitalização do saldo, limitadas amortizações até 2028 e oferta de pagamentos em moeda local aos detentores nacionais da dívida”.
O Governo quer que a maturidade seja alargada em oito, 12 ou 16 anos. Nesta última modalidade, será pago duas vezes por ano um cupão de 2% até ao quinto ano e depois um de 3% entre o quintoe o décimo ano, que sobe para 6% a partir desse ano.
Em termos práticos, pretende-se suavizar as prestações da dívida nos próximos anos, aceitando pagar mais no final do período. Para esta operação, o Governo quer contar com as receitas provenientes da exploração do gás. Neste momento, o Governo moçambicano não está a pagar.
O plano do Governo é começar a pagar a dívida a partir de 2022, altura que começa a exploração do gás. A plataforma terá 439 metros de comprimento, 65 de largura e pesará cerca de 210.000 toneladas.
O prazo de construção é de sessenta meses. A plataforma foi pensada para a exploração e produção anual de três milhões de toneladas de gás natural liquefeito.
O gás que será explorado vai ser vendido na totalidade à BP, que, em Outubro de 2016, assinou um acordo com o consórcio de exploração para a compra da totalidade da produção durante vinte anos. (André Mulungo)
CANALMOZ – 25.07.2018
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