20/07/2018
A chefe da bancada parlamentar da Renamo, Ivone Soares, dá sinais de que o desarmamento do seu partido ainda pode dar muito pano para mangas e considera ridículo que a opinião pública, sobretudo a Frelimo, exija que o seu partido entregue as armas ao Governo. Para ela, trata-se de gente que desconhece por completo a complexidade e os contornos do processo das negociações para o alcance da apregoada paz efectiva no país.
“Nós achamos ridículo quando ouvimos pessoas dizerem queremos que entreguem as armas... Queremos que entreguem as armas... Está bem! E Depois!?”, ironizou Ivone Soares.
“É preciso que não se pense que o processo é apenas entregar as armas. É muito mais complexo do que isso”, prosseguiu a deputada e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República (AR).
De acordo com ela, para a Renamo se desmilitarizar deve, primeiro, haver garantias de que os seus guerrilheiros não estarão sujeitos a privações quando já forem desmobilizados.
“É preciso saber onde é que vão viver os guerrilheiros depois de saírem das matas de Gorongosa e de outros pontos onde estejam”, disse a sobrinha do falecido líder Afonso Dhlakama.
Ela ajuntou que o seu partido ainda não sabe “que actividades sócio-económicas o Estado colocará à disposição” dos homens armados da Renamo, muito menos “que condições serão criadas para que eles não passem dificuldades”.
“Encorajamos vivamente” que o Governo e a liderança do maior partido da oposição “assegurem que urgentemente comecemos a ver, efetivamente, sinais concretos de reintegração social justa” desses guerrilheiros.
A deputada fez estes pronunciamentos na terça-feira (19), depois da sessão extraordinária que tinha como propósito apreciar e aprovar a lei eleitoral que vai viabilizar as eleições autárquicas de 10 de Outubro próximo.
Aliás, na quarta-feira (18), durante o plenário, o deputado António Muchanga deu também uma chega ao partido no poder, ao declarar que os assuntos militares nunca tinham sido mencionados como condicionante para a aprovação da nova legislação eleitoral, pois “estão a ser debatidos em sede própria e com os termos de referência aprovados por consenso” pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e Afonso Dhlakama.
“Nós achamos ridículo quando ouvimos pessoas dizerem queremos que entreguem as armas... Queremos que entreguem as armas... Está bem! E Depois!?”, ironizou Ivone Soares.
“É preciso que não se pense que o processo é apenas entregar as armas. É muito mais complexo do que isso”, prosseguiu a deputada e membro da Comissão Permanente da Assembleia da República (AR).
De acordo com ela, para a Renamo se desmilitarizar deve, primeiro, haver garantias de que os seus guerrilheiros não estarão sujeitos a privações quando já forem desmobilizados.
“É preciso saber onde é que vão viver os guerrilheiros depois de saírem das matas de Gorongosa e de outros pontos onde estejam”, disse a sobrinha do falecido líder Afonso Dhlakama.
Ela ajuntou que o seu partido ainda não sabe “que actividades sócio-económicas o Estado colocará à disposição” dos homens armados da Renamo, muito menos “que condições serão criadas para que eles não passem dificuldades”.
“Encorajamos vivamente” que o Governo e a liderança do maior partido da oposição “assegurem que urgentemente comecemos a ver, efetivamente, sinais concretos de reintegração social justa” desses guerrilheiros.
A deputada fez estes pronunciamentos na terça-feira (19), depois da sessão extraordinária que tinha como propósito apreciar e aprovar a lei eleitoral que vai viabilizar as eleições autárquicas de 10 de Outubro próximo.
Aliás, na quarta-feira (18), durante o plenário, o deputado António Muchanga deu também uma chega ao partido no poder, ao declarar que os assuntos militares nunca tinham sido mencionados como condicionante para a aprovação da nova legislação eleitoral, pois “estão a ser debatidos em sede própria e com os termos de referência aprovados por consenso” pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e Afonso Dhlakama.
Ele lamentou que “mal intencionados ou entendido [em alusão à Frelimo e ao seu presidente, que é também Chefe do Estado] tenham condicionado” a aprovação da lei eleitoral na sessão extraordinária que estava prevista para 21 e 22 de Junho passado, porque se “queria ouvir alguma coisa sobre a desmilitarização”.
Por sua vez, Saimone Macuiane, ex-chefe da delegação da Renamo, nas fracassadas negociações que culminaram com a assinatura, em Setembro de 2014, do Acordo sobre a Cessão das Hostilidades Militares, entre o então Chefe do Estado, Armando Guebuza, e Afonso Dhlakama, afirmou: “não estamos a tratar, em simultâneo, assuntos militares e a lei eleitoral. Não se pode confundir assuntos distintos e em tempos distintos”, afirmou.
@VERDADE – 20.07.2018
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