A Renamo e o trabalho da Comissão de Inquérito
A chefe da bancada parlamentar da Renamo, na Assembleia da República (AR), diz que os resultados do relatório de inquérito sobre as dívidas escondidas, cujos resultados deverão ser apresentados em sessão plenária esta sexta-feira só vem a confirmar as suspeitas da “não produtividade” lançadas pelo seu grupo parlamentar aquando da formação da comissão.
Nisto, segundo Ivone Soares, o relatório irá e serve simplesmente para branquear a verdade e ilibar os dirigentes da Frelimo que decidiram pela contratação de dívidas que, mais do que servir os interesses do país como um todo, servem os bolsos de algumas pessoas que, para a Renamo, são devidamente conhecidas.
Efectivamente, em termos reais, o relatório vem ilibar o governo que contratou as dívidas, apesar de reconhecer não terem sido cumpridos os limites orçamentais estabelecidos pela Assembleia da República, no que ao endividamento do país, diz respeito.
“Veio confirmar tudo o que nós já dissemos. Aquele relatório é para branquear a verdade e ilibar os dirigentes da Frelimo. Os moçambicanos têm direito de saber a verdade sobre o escândalo das dívidas escondidas. Este assunto ainda não está esclarecido” – disse Ivone Soares, chefe da bancada parlamentar da Renamo, falando ao mediaFAX.
“O relatório não diz nada. É simplesmente vazio. É estranho que com tantas evidências, as autoridades moçambicanas ainda não tenham tomado medidas. Estamos, sem dúvida, num Estado em que a máquina da justiça está completamente enfraquecida” – acrescentou Soares, para quem as instituições de justiça, em condições normais, já deviam ter agido de forma concreta no sentido de esclarecer todo o enredo que envolve a contratação de dívidas na ordem de 2.2 biliões de dólares.
Conforme dissemos em anteriores edições, o relatório da Comissão de Inquérito, além de lamentar o exíguo orçamento, sugeriu que as questões mais profundas que têm a ver com o uso real dos valores deve ser investigado pelas instituições da justiça, a começar pela Procuradoria-geral da República.
O orçamento insuficiente impossibilitou, segundo o próprio relatório da comissão, que o grupo de deputados viajasse a Londres, local onde devia ter dando continuidade à investigação, mais na perspectiva de se assegurar um contacto directo com o grupo de doadores que canalizou os 2.2 biliões de dólares.
A apresentação do relatório, segundo rezam preceitos legais, deverá, em princípio, ser apresentado à porta-fechada, ou seja, sem presença de qualquer jornalista nem outra figura “estranha” à AR.(Ilódio Bata)
MEDIA FAX – 07.12.2016
“O relatório não diz nada. É simplesmente vazio. É estranho que com tantas evidências, as autoridades moçambicanas ainda não tenham tomado medidas. Estamos, sem dúvida, num Estado em que a máquina da justiça está completamente enfraquecida” – acrescentou Soares, para quem as instituições de justiça, em condições normais, já deviam ter agido de forma concreta no sentido de esclarecer todo o enredo que envolve a contratação de dívidas na ordem de 2.2 biliões de dólares.
Conforme dissemos em anteriores edições, o relatório da Comissão de Inquérito, além de lamentar o exíguo orçamento, sugeriu que as questões mais profundas que têm a ver com o uso real dos valores deve ser investigado pelas instituições da justiça, a começar pela Procuradoria-geral da República.
O orçamento insuficiente impossibilitou, segundo o próprio relatório da comissão, que o grupo de deputados viajasse a Londres, local onde devia ter dando continuidade à investigação, mais na perspectiva de se assegurar um contacto directo com o grupo de doadores que canalizou os 2.2 biliões de dólares.
A apresentação do relatório, segundo rezam preceitos legais, deverá, em princípio, ser apresentado à porta-fechada, ou seja, sem presença de qualquer jornalista nem outra figura “estranha” à AR.(Ilódio Bata)
MEDIA FAX – 07.12.2016
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