03/07/2019
A Renamo submeteu um recurso ao Conselho Constitucional a contestar os resultados do recenseamento eleitoral na província de Gaza, sul do país, considerando que os números foram inflacionados para beneficio do partido no poder.
"Os dados de Gaza são uma aberração. A projecção que eles fizeram sobre o recenseamento foi a partir de uma base de dados já por si só inflacionada e, em anexo ao nosso recurso, temos referências que provam isso", disse à Lusa o mandatário de candidatura da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Venâncio Mondlane.
Em causa estão os resultados do recenseamento eleitoral na província de Gaza, revelando que 80% da população da Gaza possui mais de 18 anos, o que, para especialistas e organizações da sociedade civil, é um grave erro, na medida em que em média a população moçambicana é maioritariamente composta por crianças e adolescentes.
Os três últimos censos indicam que em média a população moçambicana com mais de 18 anos varia entre 48 % (1997), 49% (2007) e 45% (2017) e Gaza nunca teve uma percentagem tão elevada da população nesta faixa etária, tendo estado a nível da província em 49% em 1997, segundo o Instituto de Estudos Sociais e Económicos.
Para o mandatário de candidatura da Renamo, este alegado erro tem consequências graves, na medida em que pode até ter impacto na adopção de políticas económicas e sociais para aquela província do sul de Moçambique.
"Isto é um atentado à credibilidade do próprio Estado", afirmou Venâncio Mondlane, que exige que a deliberação que valida os dados da província de Gaza no recenseamento eleitoral seja anulada.
"Nós sabemos que houve outras irregularidades ao longo do processo em todo país, mas este erro é grave e deve ser corrigido", concluiu Venâncio Mondlane.
O recurso da Renamo, contendo cinco páginas e anexos fundamentando o argumento daquela força política, foi submetido ao Conselho Constitucional na segunda-feira.
"Os dados de Gaza são uma aberração. A projecção que eles fizeram sobre o recenseamento foi a partir de uma base de dados já por si só inflacionada e, em anexo ao nosso recurso, temos referências que provam isso", disse à Lusa o mandatário de candidatura da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Venâncio Mondlane.
Em causa estão os resultados do recenseamento eleitoral na província de Gaza, revelando que 80% da população da Gaza possui mais de 18 anos, o que, para especialistas e organizações da sociedade civil, é um grave erro, na medida em que em média a população moçambicana é maioritariamente composta por crianças e adolescentes.
Os três últimos censos indicam que em média a população moçambicana com mais de 18 anos varia entre 48 % (1997), 49% (2007) e 45% (2017) e Gaza nunca teve uma percentagem tão elevada da população nesta faixa etária, tendo estado a nível da província em 49% em 1997, segundo o Instituto de Estudos Sociais e Económicos.
Para o mandatário de candidatura da Renamo, este alegado erro tem consequências graves, na medida em que pode até ter impacto na adopção de políticas económicas e sociais para aquela província do sul de Moçambique.
"Isto é um atentado à credibilidade do próprio Estado", afirmou Venâncio Mondlane, que exige que a deliberação que valida os dados da província de Gaza no recenseamento eleitoral seja anulada.
"Nós sabemos que houve outras irregularidades ao longo do processo em todo país, mas este erro é grave e deve ser corrigido", concluiu Venâncio Mondlane.
O recurso da Renamo, contendo cinco páginas e anexos fundamentando o argumento daquela força política, foi submetido ao Conselho Constitucional na segunda-feira.
A província de Gaza é tida como um bastião do partido no poder, Frelimo, que têm registado vitórias sempre com diferenças significativas em pleitos eleitorais naquela região.
De acordo com a organização não-governamental Centro de Integridade Pública (CIP), a primeira a denunciar o alegado erro, a irregularidade pode dar mais de 370 mil 'votos fantasmas' ao candidato do partido no poder, Filipe Nyusi.
O recenseamento eleitoral em Moçambique permitiu registar 80% dos eleitores inicialmente previstos para as eleições de Outubro, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral.
As eleições gerais - legislativas, presidenciais e provinciais - estão agendadas para 15 de Outubro, marcando assim o término do ciclo eleitoral 2018/2019, que começou com as eleições autárquicas a 10 de Outubro do ano passado.
LUSA – 03.07.2019
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