03/07/2019
Editorial
Quando a escola não faz a escola
Angelina vive no Distrito de Chemba. Conhece o seu nome, mas não conhece a sua idade. Deveria ter uns doze anos. Frequenta a 3ª classe, mas não sabe escrever nem a primeira letra do seu nome. Estuda numa das 65 escolas primárias do Distrito. Aliás, deveria estudar: hoje é uma Sexta-feira e o professor não apareceu. O único dia da semana no qual o professor veio, foi na Segunda-feira. A semana passada não foi melhor: o professor não se apresentou em nenhum dos cinco dias de aula. Na semana antepassada, também, apareceu um dia só.
Angelina tem a sorte de viver aí perto do fontenário e ao pé da escola, mas tem também o azar
de ter participado a dois dias de aula em três semanas. O primeiro trimestre não foi melhor. Assim como o ano passado e o ano antepassado.
Só assim explica-se porque, em quase três anos de escola, Angelina não sabe nem sequer escrever a letra “A”.
Um inquérito realizado numa das duas escolas secundárias do Distrito de Chemba – e que apresentamos nas páginas seguintes deste número de “Pa kwecha” – revela que 30,4% dos rapazes e raparigas que matricularam neste ano na 8ª classe não sabem ler um texto elementar do ensino primário e que 47,4% não compreendem o que lêem.
Leia mais aqui Download Pa_kwecha_5_2019_def
Quando a escola não faz a escola
Angelina vive no Distrito de Chemba. Conhece o seu nome, mas não conhece a sua idade. Deveria ter uns doze anos. Frequenta a 3ª classe, mas não sabe escrever nem a primeira letra do seu nome. Estuda numa das 65 escolas primárias do Distrito. Aliás, deveria estudar: hoje é uma Sexta-feira e o professor não apareceu. O único dia da semana no qual o professor veio, foi na Segunda-feira. A semana passada não foi melhor: o professor não se apresentou em nenhum dos cinco dias de aula. Na semana antepassada, também, apareceu um dia só.
Angelina tem a sorte de viver aí perto do fontenário e ao pé da escola, mas tem também o azar
de ter participado a dois dias de aula em três semanas. O primeiro trimestre não foi melhor. Assim como o ano passado e o ano antepassado.
Só assim explica-se porque, em quase três anos de escola, Angelina não sabe nem sequer escrever a letra “A”.
Um inquérito realizado numa das duas escolas secundárias do Distrito de Chemba – e que apresentamos nas páginas seguintes deste número de “Pa kwecha” – revela que 30,4% dos rapazes e raparigas que matricularam neste ano na 8ª classe não sabem ler um texto elementar do ensino primário e que 47,4% não compreendem o que lêem.
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NOTA: Será esta a juventude que a Frelimo(governo) pretende criar para o desenvolvimento de Moçambique?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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