Daviz Simango, formalizou hoje a sua candidatura a presidente da República para os próximos cinco anos. Um dos principais objetivos do candidato do MDM caso seja eleito é instalar uma democracia genuína, reduzir os poderes do presidente da República e credibilizar a Assembleia da República.
Ao lado dos membros seniores do seu partido, Simango dirigiu-se a sala onde era esperado pelos juízes do Conselho Constitucional, coube ao mandatário do partido, José De Sousa, apresentar e entregar os documentos que suportam a candidatura de Daviz Simango.
Após o acto, o candidato do MDM dirigiu-se a imprensa onde revelou os seus desafios caso vença as eleições presidenciais. De acordo com Simango na sua governação o parlamento moçambicano deve ser um verdadeiro órgão fiscalizador.
Nos próximos dias o MDM irá partilhar o seu manifesto eleitoral que estará baseado em cinco pilares, dentre eles, a preservação da paz e democracia, consolidar a coesão nacional, desenvolvimento económico, criação de emprego e desenvolvimento de infraestruturas. Na ocasião o Conselho Constitucional revelou que o prazo para entrega das candidaturas passa do dia 16 de Junho para 16 de julho a luz da deliberação do órgão.
O PAÍS – 12.06.2019
PS:
Intervenção do Cidadão Daviz Mbepo Simango depois de depositar a sua candidatura a candidato ao cargo de Presidente da República de Moçambique, para as eleições de 15 de Outubro de 2019.
Moçambicanas e Moçambicanos,
Acabo de exercer o meu dever enquanto filho desta terra, depositando a minha candidatura a candidato a Presidente da Republica para as eleições de 15 de Outubro, o fiz consciente de estar a exercer o meu dever de cidadania e pronto para ser o instrumento dos moçambicanos para contribuir com o meu saber, profissionalismo e pela experiencia de governação no sentido de desenvolver Moçambique no progresso politico, social, cultural e económico.
O fiz porque quero ser um instrumento dos moçambicanos para travar a democracia armada e instalar uma democracia de facto baseado num Estado de Direito, instituições fortes e prestigiadas, onde o cidadão “homens, mulheres e jovens” será o centro da atenção sem discriminação, com separação nítida dos três poderes.
Acabar com o principio de que o partido governante é Estado, isto é, nenhum partido politico deve hipotecar ou alienar o Estado. Com o risco de perpetuar um Estado falido.
Urgente trazer a credibilidade da Assembleia da Republica, para que seja o centro privilegiado para fiscalizar o executivo e que o PR confronte ideias com os Deputados em debate directo na plenária.
Impactar o sistema de Justiça que seja um pilar do Estado de Direito e um factor de eficiência da economia. cuja importância deve ser transversal a várias dimensões da vida pública e social.
A nossa Constituição da Republica deve assegurar: Transformar o Conselho Constitucional para Tribunal Constitucional; a existência de Tribunal de Contas; Eleição directa dos Governadores com poderes e dos Presidentes dos CM; AP fiscalize o orçamento e plano de actividades da província.
A redução dos poderes em torno da figura do chefe do Estado, nomeadamente: nomeação dos magistrados judiciais; dos reitores das universidades publicas; do Governador do Banco; dos administradores das empresas publicas.
Produzir instrumentos internos em consonância com a legislação moçambicana, de modo a acautelados os princípios da necessidade, gestão de riscos, imparcialidade, transparência e simplicidade de modo a prevenir fraude e a corrupção.
Instalar um polígono estratégico de gestão com cinco vértices, que devem funcionar de modo interligado e a complementar entre si, que são: A Carta de Ética; Existência de um quadro normativo claro; O Código de Conduta, Manuais de boas práticas; e Instrumentos de mapeamento e prevenção de riscos.
Caras Moçambicanas e Moçambicanos,
Iremos nos próximos dias propor e partilhar neste circulo eleitoral um manifesto centralizado em cinco pilares:
- PRESERVAR A PAZ E A DEMOCRACIA E CONSOLIDAR A COESÃO NACIONAL.
- DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E CRIAÇÃO DE EMPREGO.
- DESENVOLVIMENTO DAS INFRA-ESTRUTURAS.
- DESENVOLVIMENTO E EQUILIBRIO SOCIAL.
- REFORÇAR A PARTICIPAÇÃO DE MOÇAMBIQUE NO CONTEXTO INTERNACIONAL
Termino agradecendo a todos que viabilizaram esta candidatura.
Apelo a participação dos concidadãos nas eleições de 15 de Outubro, no sentido de votarem e decidirem o futuro de Moçambique.
Temos de fazer a nossa escolha com risco de sermos governados por quem não escolhemos porque simplesmente não fomos as urnas votar.
Obrigado pela vossa atenção
Maputo 12 de Junho de 2019
Daviz Mbepo Simango
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