"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 2 de julho de 2019

Perguntas a Bernardino Rafael!

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Justiça Nacional
8 h
Perguntas a Bernardino Rafael!
Com todo respeito, senhor comandante-geral da PRM. Nós achamos que essa tarefa de chefiar a Polícia lhe ultrapassa. O senhor parece mais um comissário político do que um chefe da Polícia. Fala muito e é vazio em acções. Nesses quase dois anos e meio da sua liderança, muito provavelmente o grande feito que conseguiu- se é que podemos chamar isso de grande-, foi mudar as cores do fardamento da Polícia. Deixaram de ser cinzentinhos para qualquer coisa, não muito agradável. Até parece fardamento de uma empresa de segurança!
Quando o senhor tomou posse a 30 de Outubro de 2017, lançou um discurso de tolerância zero contra desvios de comportamento no seio da corporação. Não é preciso lhe lembrar que não conseguiu nada. Mudou o uniforme, mas a corporação continua escangalhada como sempre foi.
Em Dezembro do mesmo ano, teve que atender as primeiras insurgências em Cabo Delgado, exactamente em Mocímboa da Praia onde até assaltaram algumas unidades policiais. E o que o senhor fez? Falou mais, do que impor acções consequentes. Até deu um ultimato para que os insurgentes se entregassem em sete dias. Aconteceu? Nada. Até parece que o senhor foi lá regar tudo aquilo com gasolina. Cabo Delgado está a arder e do senhor só ouvimos palavras.
Não acha o senhor comandante de que devia mudar de estratégia? É que, ao que vemos, as suas palavras ao invés de dissuadirem os atacantes, aumentam-lhes a sua sanha assassina. Quantas pessoas até hoje foram decapitadas? Conhece-se o bandido? Quem é? E o senhor já apareceu com cinco versões sobre os mesmos factos. Ou melhor, em termos de estratégia para acabar com a insurgência em Cabo Delgado, o senhor é um sapateiro. Está numa área que lhe não diz nada!
Não acha, o senhor comandante-geral da PRM que deve alguma explicação ao povo? O senhor ameaçou tanto, fez várias promessas, mas parece que tudo não passou disso. As mortes, a cada dia, amontoam-se em Cabo Delgado. O senhor comandante é um tratante; gosta de promessas vãs. Disse que iria acabar com os raptos, mas as evidências lhe desmentem. O que se passa, afinal, senhor comandante?
Voltemos a Cabo Delgado: qual vai ser a sua sexta versão? É verdade que o assunto daquela província não é só da sua responsabilidade, mas exigimos de si alguma explicação precisa, porque o senhor é que dá a cara. É o rosto do fracasso em Cabo Delgado. É o kamikaze. Então, diz ao povo: quando é que vão parar as mortes naquela província? Na semana passada degolaram mais 11 indivíduos. Quem são os malfeitores? O que querem? Qual é a sua motivação? Acha melhor combate-los com palavras de desinformação?
O senhor não quer ser substituído? Acha que é a pessoa ideal para o cargo? Não gostaria de seguir uma carreira na política? É que a nós nos parece mais um político do que um polícia. Só faz promessas. E nada. Faria melhor no campo político. Consigo, muito provavelmente, o partido teria sempre vitórias retumbantes. Não precisaria de aldrabar na Matola ou Marromeu. Não precisaria de tanta ginástica para excluir potenciais eleitores em províncias onde sabe que domina o outro. Era só despachar o Bernardino Rafael para lá com malas cheias de palavras!
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