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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Membro da Renamo é absolvido em Alto Molocué


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ACUSADO DE AGRESSÃO A UM MEMBRO DA FRELIMO NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
Alfane Mussagi Alfane, director-adjunto distrital do STAE naquele distrito da Zambézia, foi a julgamento por agressãoa um membro da Frelimo nas eleições autárquicas. Para o juiz, o membro da Renamo agiu em legítima defesa. Indicado pela Resistência Nacional Moçambicana(Renamo), o maior partido da oposição de Moçambique, o director-adjunto distrital do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Alto Molocué, Alfane Mussagi Alfane, foi absolvido num julgamento na passada sexta-feira na província da Zambézia.
Alfane foi detido durante a votação nas eleições autárquicas a há mais de duas semanas sob a acusação de rasgar a camisa de um membro da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), o partido no poder. Sobre o arguido pesavam dois crimes, nomeadamente a destruição parcial de uma janela de um dos postos onde decorria a votação e a agressão a um membro da Frelimo, que é técnico do STAE, que teria sofrido uma lesão na mão direita depois da contagem dos votos.
Alfane Mussagi Alfane disse que está satisfeito com o resultado do julgamento. “Estou muito feliz que o juiz tenha me absolvido destes casos na presença do procurador e das outras pessoas que assistiram ao meu julgamento”, sublinha. “Eu declarei tudo dizendo que não fiz nada de errado.
Apenas tentava recuperar o computador que estava a ser roubado com todas informações processadas dos eleitores que votaram no dia 10. No fim de tudo, o juiz me absolveu dizendo que eu agi em legítima defesa. Estou feliz e penso que o juiz foi imparcial”, acrescentou. Apesar da absolvição, a Renamo ainda exige justiça. O delegado distrital do partido em Alto Molocué, Fernando Mário Nampale, afirmou este sábado que o partido ainda não está satisfeito. Nampale argumeta que mais membros da Renamo estão presos naquela vila autárquica e que outros estão hospitalizados na província de Nampula e na cidade de Quelimane por terem sofrido ferimentos graves.
Casos em aberto
A Renamo ainda pede justiça na contagem dos votos.

Na quarta-feira passada, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou oficialmente os resultados que deram a vitóriaà Frelimo e o seu cabeça-de- lista, Miguel Paulino Muananvuca, com 47,77% dos votos contra 47,08% de votos do candidato da Renamo, José Palaço. Com estes resultados, a Frelimo e a Renamo terão que dividir assentos na assembleia autárquica. Cada partido terá dez membros.
Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) terá apenas um representante. Entretanto, os dois presidentes da mesa de votação pela Frelimo, nomeadamente Leogivildo Alberto e Elidiu Celestino, que teriam fugido com duas actas de votação nos postos da Escola Primária Completa-Cede e da Pista Velha já regressaram ao convívio normal.
Segundo Fernando Mário Nampale, a Renamo já informou as autoridades e ambos foram notificados. Eles poderão ser julgados por essas acusações a 6 de Novembro.
DN – 29.10.2018

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