Eureka por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (116)
Presidente: nunca me senti tão ultrajado pela Frelimo, quanto hoje! O partido Frelimo, mais uma vez, imbecilizou o povo moçambicano.
A Frelimo, reunida na sua 21ª Sessão Ordinária da Comissão Política, encabeçada por Filipe Nyusi, concluiu, a 17 de Outubro corrente, que as eleições de 10 de Outubro decorreram “num clima de civismo, cidadania e respeito mútuo, prova inequívoca do engajamento dos moçambicanos na consolidação da democracia”.
É impossível imaginar, neste contexto, uma afirmação mais vil, um comportamento mais indigno, uma atitude mais asquerosa! E vai mais adiante a Frelimo insultando o povo: “A Comissão Política considera que o maior reconhecimento que se pode prestar aos munícipes, por terem votado na Frelimo, deve consistir na maior promoção da sua qualidade de vida, criando-se mais oportunidades com vista a promoção do desenvolvimento económico, social e cultural, com especial enfoque a população residente na zona autárquica”.
Que aberração! É este o partido com cujo vamos construir um futuro risonho?
O partido Frelimo, provavelmente, nunca foi tão longe na sua canalhice. Estas afirmações sugerem que os camaradas, a todo custo, contrariam qualquer tipo de critério moral e se colocam num plano comportamental pré ou anticivilizacional. Com que graduação de óculos a Frelimo olha para Moçambique? Eu penso que a graduação dos óculos do partido e do seu Presidente está fraca, distorcida e, perigosamente nublada, o que lhes pode causar cegueira. Precisam, o mais urgente possível, de ir a uma nova consulta de vista.
Especialistas não vão faltar que recomendarlhes-ão outra graduação, mais ajustada aos reais problemas nacionais. É abominável quando a Frelimo e o seu Presidente- quais alucinados- proferem tais palavras num contexto em que a plataforma de observação eleitoral “Votar Moçambique”, que junta sete organizações da sociedade civil do País, reprovou, ainda esta semana, o processo eleitoral das autárquicas de 10 de Outubro.
“As organizações que fazem parte do consórcio entendem que as eleições não foram livres, justas, nem transparentes”, disseram. E já sei o que os camaradas dirão: são fomentadores de distúrbio; apóstolos da desgraça; são apoiados por mão externa, etc. etc.!? Por outro lado, há rumores de que a Renamo pretende levar a cabo manifestações públicas em autarquias onde acha que venceu.
Em virtude disso, o comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, instrui a Polícia para que esteja em prontidão combativa, como forma de defender o partido Frelimo. E aonde é que nós vamos com este lambe-botismo, servilismo, institucionalizado? É justo, neste contexto, que a Renamo tenha forças residuais.
Cartas ao Presidente da República (116)
Presidente: nunca me senti tão ultrajado pela Frelimo, quanto hoje! O partido Frelimo, mais uma vez, imbecilizou o povo moçambicano.
A Frelimo, reunida na sua 21ª Sessão Ordinária da Comissão Política, encabeçada por Filipe Nyusi, concluiu, a 17 de Outubro corrente, que as eleições de 10 de Outubro decorreram “num clima de civismo, cidadania e respeito mútuo, prova inequívoca do engajamento dos moçambicanos na consolidação da democracia”.
É impossível imaginar, neste contexto, uma afirmação mais vil, um comportamento mais indigno, uma atitude mais asquerosa! E vai mais adiante a Frelimo insultando o povo: “A Comissão Política considera que o maior reconhecimento que se pode prestar aos munícipes, por terem votado na Frelimo, deve consistir na maior promoção da sua qualidade de vida, criando-se mais oportunidades com vista a promoção do desenvolvimento económico, social e cultural, com especial enfoque a população residente na zona autárquica”.
Que aberração! É este o partido com cujo vamos construir um futuro risonho?
O partido Frelimo, provavelmente, nunca foi tão longe na sua canalhice. Estas afirmações sugerem que os camaradas, a todo custo, contrariam qualquer tipo de critério moral e se colocam num plano comportamental pré ou anticivilizacional. Com que graduação de óculos a Frelimo olha para Moçambique? Eu penso que a graduação dos óculos do partido e do seu Presidente está fraca, distorcida e, perigosamente nublada, o que lhes pode causar cegueira. Precisam, o mais urgente possível, de ir a uma nova consulta de vista.
Especialistas não vão faltar que recomendarlhes-ão outra graduação, mais ajustada aos reais problemas nacionais. É abominável quando a Frelimo e o seu Presidente- quais alucinados- proferem tais palavras num contexto em que a plataforma de observação eleitoral “Votar Moçambique”, que junta sete organizações da sociedade civil do País, reprovou, ainda esta semana, o processo eleitoral das autárquicas de 10 de Outubro.
“As organizações que fazem parte do consórcio entendem que as eleições não foram livres, justas, nem transparentes”, disseram. E já sei o que os camaradas dirão: são fomentadores de distúrbio; apóstolos da desgraça; são apoiados por mão externa, etc. etc.!? Por outro lado, há rumores de que a Renamo pretende levar a cabo manifestações públicas em autarquias onde acha que venceu.
Em virtude disso, o comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, instrui a Polícia para que esteja em prontidão combativa, como forma de defender o partido Frelimo. E aonde é que nós vamos com este lambe-botismo, servilismo, institucionalizado? É justo, neste contexto, que a Renamo tenha forças residuais.
Sem comentários:
Enviar um comentário