28/09/2018
EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (114)
Bom dia, Presidente. Bom, a campanha eleitoral, rumo às autárquicas de Outubro, já iniciou. Hoje, sexta-feira, estamos no quarto dia. Cada partido político tira o animal que tem na sua cartola para persuadir o incauto eleitor a votar em si.
Coisas da nossa promiscua democracia! Despontam nesta campanha- que mal iniciou- políticos de rapina. Cabeças-de-lista com agendas nebulosas. Por exemplo, o cabeça-de-lista do seu partido, Presidente- o “eleito” para Maputo-, o senhor Eneias Comiche, já tem pedidos concretos para atender, caso seja o futuro edil de Maputo- e creio que será, o árbitro é muito seu amigo.
Aliás, neste campeonato quem está a brilhar é o árbitro. Faz golos até de bicicleta. É CR7!
E esses pedidos concretos por atender, não são do povo. Não são daquela velha coitada que vende verdura numa esquina qualquer a quem prometeram mundos e fundos com simples intuito de lhe roubar o voto. O povo não tem como pagar jantares a cabeças-de-lista em hotéis. Povo é povo. É estatística!
Não vou querer ser muito abrangente. Vou falar, simplesmente, do município da capital moçambicana que é, aliás, o nosso cartão-de-visita. Sempre esteve às mãos da Frelimo. Esburacou-se com a Frelimo. As construções desordenadas, os “My Love”, a imundície e a chacina de famílias inteiras na lixeira de Hulene tiveram o beneplácito do partido no poder. Que animal quer agora tirar da cartola? Talvez um porco… coelho nunca!
Eu recenseei-me, ali no Ministério das Obras Públicas, como sempre. Na Frelimo não vou votar. Já senti o bastante a sua aldrabice. Cresci. Recuso-me a ser, mais uma vez, imbecilizado. Claro que não tenho outro partido em vista. Não vejo nenhum cabeça-de-lista que me tire o sono. Mas vou votar.
Cartas ao Presidente da República (114)
Bom dia, Presidente. Bom, a campanha eleitoral, rumo às autárquicas de Outubro, já iniciou. Hoje, sexta-feira, estamos no quarto dia. Cada partido político tira o animal que tem na sua cartola para persuadir o incauto eleitor a votar em si.
Coisas da nossa promiscua democracia! Despontam nesta campanha- que mal iniciou- políticos de rapina. Cabeças-de-lista com agendas nebulosas. Por exemplo, o cabeça-de-lista do seu partido, Presidente- o “eleito” para Maputo-, o senhor Eneias Comiche, já tem pedidos concretos para atender, caso seja o futuro edil de Maputo- e creio que será, o árbitro é muito seu amigo.
Aliás, neste campeonato quem está a brilhar é o árbitro. Faz golos até de bicicleta. É CR7!
E esses pedidos concretos por atender, não são do povo. Não são daquela velha coitada que vende verdura numa esquina qualquer a quem prometeram mundos e fundos com simples intuito de lhe roubar o voto. O povo não tem como pagar jantares a cabeças-de-lista em hotéis. Povo é povo. É estatística!
Não vou querer ser muito abrangente. Vou falar, simplesmente, do município da capital moçambicana que é, aliás, o nosso cartão-de-visita. Sempre esteve às mãos da Frelimo. Esburacou-se com a Frelimo. As construções desordenadas, os “My Love”, a imundície e a chacina de famílias inteiras na lixeira de Hulene tiveram o beneplácito do partido no poder. Que animal quer agora tirar da cartola? Talvez um porco… coelho nunca!
Eu recenseei-me, ali no Ministério das Obras Públicas, como sempre. Na Frelimo não vou votar. Já senti o bastante a sua aldrabice. Cresci. Recuso-me a ser, mais uma vez, imbecilizado. Claro que não tenho outro partido em vista. Não vejo nenhum cabeça-de-lista que me tire o sono. Mas vou votar.
Por outro lado, não entendo muito bem o que o Governo da Frelimo anda aqui a fazer. Parece estar desorientado. Estará a abusar da soruma? É que com a sua legalização, na vizinha África do Sul, qualquer ministro pode para lá deslocar-se para uns charros. Ainda regressa “high”. Vai de avião fretado.
Digo isso porque uns tratam com eufemismo a situação de Cabo Delgado, outros nem por isso. Está claro que aquilo coloca em causa a segurança dos pobres moçambicanos que vivem naquela parcela do País. O voto deles não vos interessa?
Há um “paulado” no seu partido- invejo-lhe a remessa de que fuma- que disse, a plenos pulmões, que o senhor é Alá. Ora bem, especulando-se que os que estão a queimar aldeias inteiras e matar centenas de pessoas em Cabo Delgado são indivíduos de inspiração islâmica, ocorre-me perguntar-lhe o seguinte- perguntar não ofende-: não terá o Alá o número de telefone do chefe daqueles bandidos? Por que não o liga?
Já que na gíria militar as mortes chamam-se eufemisticamente de baixas, é bem provável que não interesse ao Governo da Frelimo solucionar o problema. Como é que se explica que Alá, a santidade máxima dos muçulmanos, seja desobedecido por parte do seu rebanho?
Isto não terá sido propositado para nos entreter, para esquecermos o espectro das dívidas ocultas que vão adiando a prosperidade dos moçambicanos? Já estou a ver que a cordialidade papal, no Vaticano, foi para não lhe deixar em maus lençóis.
Definitivamente o senhor está a capitanear a pior equipa do moçambola!
DN – 28.09.2018
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