10/07/2017
Filipe Nyusi revela a existência de pressões de pessoas e sectores contrários a alguns entendimentos alcançados no seu diálogo com o líder da Renamo
O Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou a existência de pressões de pessoas e sectores contrários a alguns entendimentos alcançados no seu diálogo com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no processo das negociações para a paz efectiva no país.
Esta revelação foi feita, último sábado, no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, num encontro com as mulheres daquela região, que marcou o último dia da visita de trabalho de três dias àquele ponto do país.
O Chefe de Estado referiu-se, como um dos exemplos de decisões que sofreram muita pressão contrária, ao acordo para a retirada das tropas governamentais da serra da Gorongosa. “Quando anunciámos a retirada das Forças de Defesa e Segurança de algumas posições onde se encontravam, nem toda a gente da sociedade compreendeu. A sociedade não compreende, mas também há uma pressão do outro lado, defendendo que devia ser um pouco mais. mas os outros defendem que se cedeu muito mais do que se devia”, disse Nyusi, sem revelar, de forma clara, os sectores que fazem a pressão, salientando apenas que tem sido uma situação de difícil gestão. “A situação não tem sido fácil de gerir, mas o importante é que a harmonia e a tranquilidade têm prevalecido”, frisou.
Ainda a este propósito, Nyusi voltou a denunciar, tal como havia feito durante a visita à província de Tete, a existência de algumas movimentações ao nível de algumas províncias do país que contrariam o espírito da paz.
“Algumas coisas que surgem em algumas províncias, temos estado a considerar como actos isolados, e que encontram esclarecimento ao mesmo tempo. Quando chegar uma fase em que se tornam pior, neste momento em que vivemos tréguas, então, mais uma vez, tentaremos ao nível das lideranças, para podermos encontrar o consenso”, disse, sem avançar detalhes sobre as questões em causa.
O PAÍS – 10.07.2017
EY: Esperar que as coisas piorem embora isoladas é um grave erro senhor presidente. O ovo cuida-se antes de se furar, pois uma vez entrado o ar como resultado do furo provocado já nunca terá solução.....
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